sexta-feira, 14 de outubro de 2011

A minha geração


Eu sou da geração que ri de coisas idiotas e fala coisas sem sentido só para rir um pouco mais.
Eu sou da geração que usa a internet também para promover seus propósitos ou para investigar um assunto em questão.
Eu sou da geração que sabe só um pouquinho sobre política, o suficiente para querer lutar contra ou no mínimo querer ficar bem longe de toda essa sujeira.
Eu sou da geração que respira a tecnologia, mas que sabe a diferença entre realidade e fantasia. Bom, na maioria das vezes.
Eu sou da geração quase sem preconceitos, que aceita os coloridos, os em preto e branco, os vampiros e os reptilianos.
Eu sou da geração que já nasce sabendo o que é AIDS.
Eu sou da geração que quer aproveitar a vida um pouco mais do que o permitido, um pouco mais do que o planejado, um pouco mais do que o suficiente. Porque esta geração sabe, que mesmo que o mundo não acabe em 2012, vai acabar, e será logo.
Eu sou da geração em que se fala o tempo todo sobre sustentabilidade, mas que sabe que a tal sustentabilidade deveria mesmo é ser reforçada para os ricos, pois foram eles mesmos que criaram esse termo depois de muito ter destruído e ter se dado conta quase tarde demais.
Eu sou da geração em que os países colonizados estão finalmente percebendo que não precisam ser desprezados e subordinados se não quiserem.
Eu sou da geração que mantém o “Que País É Esse?” atual.
Eu sou da geração em que a liberdade é descontrolada e quando os limites existem é porque nós mesmos os colocamos.
Eu sou da geração multifacetada, onde cada um segue a tendência que quiser, ou que se identificar. Não temos uma tendência literária específica para nos influenciar.
Eu sou da geração que aproveita os benefícios dos quatro cantos do mundo, tentando assim, sempre achar um lado bom em tudo.
Eu sou da geração em que os idosos olham e dizem: “Esse mundo está perdido...”, mas que na hora em que se fala sobre mudanças é na gente que eles depositam todas as esperanças.
E graças a Deus eu sou da geração em que a mulher se libertou quase que totalmente.
Eu sou da geração em que infelizmente tem o cavalheirismo, o romantismo e a gentileza cada dia mais mortos, porém tem sempre a possibilidade de procurar por isso de novo, de novo, e de novo se um relacionamento dá errado. A minha geração tem a possibilidade de sempre recomeçar.
Eu sou da geração em que cada vez mais nos exigem 500 faculdades, 14 línguas diferentes e cada vez menos valores morais.
Eu sou da geração em que cada um é um ser individual, mas que também é coletivo. As pessoas estão deixando de ser nacionais para se tornarem mundiais, se não universais.
Essas e tantas outras coisas fazem parte da minha geração.

E você? Vai dizer que essa geração não existe e que é apenas fruto da minha imaginação? Ou vai assumir isso como verdade, para manter as qualidades e tentar resolver os defeitos e problemas graves?

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