domingo, 24 de julho de 2016

Inverno

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Não apareça

Se não for pra ficar
Mas, ei, espere um minuto! 
Você disse que não tinha pressa 
Eu não te pedi pra esperar 
E nunca esperei que esperasse.

Os ventos do seu caminho enviam brisas pra mim
Qualquer uma gostaria disso

Mas não eu, pois eu 
Quero um furacão   

E não importa o quanto eu corra, continuo ficando pra trás 
E não importa o que eu faça, o quanto eu queira um furacão 
Continuo com as brisas 
Pois estou longe, e seus ventos já quase não batem aqui.

Mas você sempre aparece de novo 
Me alimenta com o suficiente pra eu continuar viva 
E eu só quero que você me invada e não deixe nenhum espaço
Eu só quero ficar embriagada nessa história esquisita 
Pois estar sóbria não é divertido
É culpa minha, é culpa sua 
Vida maldita, hora errada, pessoas bagunçadas 
Sei que é inútil pedir
Mas por favor... Não reapareça se não for pra ficar...
(por favor, me leve embora)

sexta-feira, 22 de julho de 2016

Veneno

Eu sei que você disse que não tem pressa de nada 
(e talvez seja disso que eu preciso) 
Eu sei que você disse que agora não é o melhor momento 
(nossos horários nunca se encaixam)
E que você está atolado com os planos que sempre planejou 
E que eu... Bem, eu sou a bagunça de sempre. 

Eu não consegui dizer o quanto é irônico que estejamos sempre nos desencontrando 
E o quão filha da puta essa vida é
E a quantidade de vezes que eu escrevo sobre você
E quantos pensamentos eu penso sobre você nos meus dias. 
Você faz parte da minha rotina mental 
E eu te vejo em todos os lugares.

Como posso ignorar esses olhos profundamente melancólicos?
A poesia nos seus olhos torna pra mim... Impossível ignorar meu coração acelerado, 
Em todas as vezes torturantes que nos aproximamos.
E eu fico aqui escrevendo essas coisas ridículas 
(e todos sabem que eu não sou boa com isso... Escrevo sobre tristeza, esse é o único assunto que sai bom)
Mas você me reprimi tanto, que chego nesse nível de perturbação
Você é o único para o qual eu direciono isso tudo 
Por isso é tão irônico que estejamos sempre nos desencontrando.

Se não é pra ser
Porque você não sai da minha cabeça?
Porque você não [des]arrepia meu corpo 
E me deixa respirar tranquila?
Pois eu, sou perturbada por você 
Mas você me coloca em espera, assim como nas vezes que fiz com você...
Eu tenho o que mereço agora 
Esse universo é mesmo justo...
Eu mandei, agora está de volta pra mim
Nada como mais um dia provando do meu próprio veneno.

sexta-feira, 15 de julho de 2016

Você mora nos meus olhos




Eu posso te chamar de "amor" só por chamar
Não quer dizer que de fato te ame...
Eu posso te chamar de "amor" só por... Não saber seu nome
Assim como você não sabe nada sobre mim.

Amor... Lembre-se que
Uma expressão não significa nada
Assim como nosso encontro acidental
Pois sempre fomos um acidente, não finja não saber
Pois não importa em nada esse desejo,
Essa imaginação fértil que eu tenho
De você sozinho no meu quarto
No meio da madrugada
No escuro da nossa culpa
Com a janela fechada, sob o brilho da luz de uma lua fraca
 
No mundo ideal...
Eu e você estaríamos de mãos entrelaçadas
Mas no mundo real, te chamo de amor só por chamar
Somos apenas um delírio momentâneo

Pois eu continuo aqui sozinha... Nos ecos da madrugada
Apesar de todos os sinais
Eu te chamar de "amor" não significa nada.

Por favor, meu amor, não se apegue à um detalhe 
Não hoje, não essa noite 
Pois todo o meu mundo está de cabeça pra baixo 
E você parece entender 
E se eu tiver que te chamar de amor pra ter do meu lado 
Então, estaremos casados...
Te chamar de amor pode não significar nada
Mas você vive nos meus olhos. 

sábado, 2 de julho de 2016

Bom ver você de novo



Eu não serei mais uma covarde.
Após dois anos me escondendo na ilusão de segurança, hoje me sinto segura pra dar um salto no escuro, apostar no meu Sol em Touro, arriscar.
Me sentir viva novamente, na experiência assustadora e maravilhosa de algo novo. 
Hoje, me sinto de volta ao time de pessoas que fazem algo porque querem fazer e não porque precisam. 
E é uma sensação de liberdade orgásmica. Que parece uma palavra que não existe, quando na verdade existe de uma maneira tão surreal, que parece mentira, assim como essa minha atual experiência.
Pois talvez eu tenha nascido pra ser a pessoa que se joga, que faz algo sem a segurança de um retorno, que dá um salto no escuro, torcendo pra que a queda não seja mortal. E se quando chegar lá embaixo, for, pelo menos não terei ficado pra sempre congelada na beira, me perguntando o que poderia ter sido. Eu terei a resposta, e as possibilidades do que fazer com ela serão infinitas. 
Porque eu estou assumindo o controle da minha vida novamente, Ou perdendo, na verdade, os dois extremos estão mais próximos do que nunca.
And it feels good.