sexta-feira, 30 de março de 2012

Quando Deus Aparece


Estou no meu segundo livro de Martha Medeiros, "Feliz Por Nada" e mais uma vez posso dizer que essa mulher é incrível. Estou me tornando cada vez mais fã dela e meu pai está pegando o embalo. Me identifiquei muito com esse texto, pois a maneira que ela fala sobre Deus é a maneira que eu penso sobre ele. Sem mais.


"Tenho amigas de fé. Muitas. Uma delas, que é como uma irmã, me escreveu um e-mail me contando a maravilha que foi o recital do pianista Nelson Freire no Theatro São Pedro, recentemente. Ela escreveu: Nessas horas Deus aparece.
Fiquei com essa frase retumbando na minha cabeça. Deus não está em promoção, se exibindo por aí. Ele escolhe, dentro do mais rigoroso critério, os momentos de aparecer pra gente. Não sendo visível aos olhos, ele dá preferência à sensibilidade como via de acesso a nós. Eu não sou uma católica praticante e ritualística - não vou à missa. Mas valorizo essas aparições como se fosse a chegada de uma visita ilustre, que me dá sossego à alma.
Quando Deus aparece pra você?
Pra mim, ele aparece sempre através da música, e nem precisa ser um Nelson Freire. Pode ser uma música popular, pode ser algo que toque no rádio, mas que me chega no momento exato em que preciso estar reconciliada comigo mesma. De forma inesperada, a música me transcende.

Deus me aparece nos livros, em parágrafos em que não acredito que possam ter sido escritos por um ser mundano: foram escritos por um ser mais que humano.
Deus me aparece - muito! - quando estou em frente ao mar. Tivemos um papo longo, cerca de um mês atrás, quando havia somente as ondas entre mim e ele. A gente se entende em meio ao azul, que seria a cor de Deus, se ele tivesse uma.
Deus me aparece - e não considere isso uma heresia - na hora do sexo, desde que feito com quem se ama. É completamente diferente do sexo casual, do sexo como válvula de escape. Diferente, preste atenção. Não quer dizer que qualquer sexo não seja bom.
Nesse exato instante em que escrevo, estou escutando My Sweet Lord cantado não pelo George Harrison (que Deus o tenha), mas por Billy Preston (que Deus o tenha também) e posso assegurar: a letra é um animado bate-papo com Ele, ritmado pelo rock'n'roll. Aleluia.
Deus aparece quando choro. Quando a fragilidade é tanta que parece que não vou conseguir me reerguer. Quando uma amiga me liga de um país distante e demonstra estar mais perto do que o vizinho do andar de cima. Deus aparece no sorriso do meu sobrinho e no abraço espontâneo das minhas filhas. E nas preocupações da minha mãe, que mãe é sempre um atestado da presença desse cara.
E quando eu o chamo de cara e ele não se aborrece, aí tenho certeza de que ele está mesmo comigo."


Martha Medeiros.

terça-feira, 27 de março de 2012

Limitados


Outro dia vi uma reportagem num telejornal que dizia que os adolescentes no Brasil estão lendo mais do que os adultos. Na entrevista com uma mulher desse ramo (não reparei qual era a profissão dela), o jornalista perguntou qual livro ela achava ser o responsável pela volta do interesse dos jovens pela Literatura, e ela respondeu que com toda certeza foi Harry Potter. Tudo bem, eu sempre gostei de histórias de ficção repletas de magia e coisas inexistentes (quando era mais nova gostava mais), mas porque os adolescentes só conseguem ler isso? Eu não li HP, mas vi todos os filmes. Porém, teve outra saga muito poderosa que eu li (com excessão do primeiro livro), que vocês já devem imaginar qual é.  Crepúsculo. Sim, o fenômeno chiclete grudou em mim também. Eu li e gosto da história, mas pra falar a verdade, o que sempre me atraiu mais na história foi o romance. Foi conseguir ver num livro atual que ainda existem pessoas que acreditam no amor verdadeiro e, porque não, eterno. Acho isso lindo, mas eu não li só isso na adolescência, li livros diferentes também.
Não tem nada demais gostar desse tipo de livro, mas não deveríamos resumir nosso gosto literário para apenas esse gênero, deveríamos estar sempre abertos às posssibilidades, deveríamos sempre nos deixar surpreender e expandir nossos horizontes. Por exemplo, quando eu descobri Martha Medeiros, consegui ver ainda mais beleza na profissão de escritor (a). Tenho que admitir que algumas coisas que eu escrevi foram baseadas nas dela. Ela é ótima, é uma escritora com  muita sensibilidade, uma mulher bem sucedida e interessante. Eu adora ela.
Você pode se entregar à procura e se surpreender com o que encontrar. Os livros estão por aí, tão diferentes uns dos outros e alguns tão parecidos, esperando a oportunidade de cair nas mãos de alguém interessado. O saber é a única coisa que ninguém tira de você.
Não podemos ser limitados desse jeito. Não podemos nos prender sempre ao mesmo estilo, ao mesmo tipo de música, cultura, lugar, pensamentos, ao mesmo tipo de livros. Essa é uma das razões de se querer viajar e conhecer pessoas novas: estamos sempre abertos às possibilidades e queremos mais é que elas venham mesmo. Digo isso para todos, mas principalmente para os jovens, porque nós estamos numa época de sugar informações, coisas, novidades e até antiguidades. Não temos ainda um conceito formado completamente sobre cada coisa, e é por isso que não podemos agir como velhos rabugentos presos "ao meu tempo" e blá blá blá. Porque todos os tempos passam, e é por isso que é preciso pegar as coisas boas de cada época, para poder estar sempre vivendo. Não necessariamente no tempo atual, mas no tempo certo.

Acho a maior graça. Tomate previne isso,cebola previne aquilo, chocolate faz bem, chocolate faz mal, um cálice diário de vinho não tem problema, qualquer gole de álcool é nocivo, tome água em abundância, mas não exagere...

Diante desta profusão de descobertas, acho mais seguro não mudar de hábitos.

Sei direitinho o que faz bem e o que faz mal pra minha saúde.

Prazer faz muito bem.
Dormir me deixa 0 km.
Ler um bom livro faz-me sentir novo em folha.
Viajar me deixa tenso antes de embarcar, mas depois rejuvenesço uns cinco anos.
Viagens aéreas não me incham as pernas; incham-me o cérebro, volto cheio de idéias.
Brigar me provoca arritmia cardíaca.
Ver pessoas tendo acessos de estupidez me
embrulha o estômago.
Testemunhar gente jogando lata de cerveja pela janela do carro me faz perder toda a fé no ser humano.
E telejornais... os médicos deveriam proibir - como doem!
Caminhar faz bem, dançar faz bem, ficar em silêncio quando uma discussão está pegando fogo,
faz muito bem! Você exercita o autocontrole e ainda acorda no outro dia sem se sentir arrependido de nada.
Acordar de manhã arrependido do que disse ou do que fez ontem à noite é prejudicial à saúde!
E passar o resto do dia sem coragem para pedir
desculpas, pior ainda!
Não pedir perdão pelas nossas mancadas dá câncer, não há tomate ou mussarela que previna.
Ir ao cinema, conseguir um lugar central nas fileiras do fundo, não ter ninguém atrapalhando sua visão, nenhum celular tocando e o filme ser espetacular, uau!
Cinema é melhor pra saúde do que pipoca!
Conversa é melhor do que piada.
Exercício é melhor do que cirurgia.
Humor é melhor do que rancor.
Amigos são melhores do que gente influente.
Economia é melhor do que dívida.
Pergunta é melhor do que dúvida.
Sonhar é melhor do que nada!
Martha Medeiros

Um pouco mais perto



Todos os dias, tento reforçar na minha cabeça o quão adulta eu sou. Não que eu realmente seja ou ache isso, mas talvez acabe acontecendo de tanto repetir. 
Eu arrumo meu armário toda semana; lavo e passo minhas roupas; sei fazer macarrão, salada, misto quente, brigadeiro, café solúvel, bolo e ovos mexidos; estou começando a me lembrar cada vez mais de apagar as luzes e desligar o aquecedor do chuveiro; estou adquirindo o hábito de estudar todos os dias e estou me forçando a levantar da cama cedo e ir caminhar na ciclovia aqui perto... Estou sempre tentando tomar decisões e manter as que eu já tomei, tentando sempre fazê-las dar certo. Tem muito mais, eu não falei tudo, mas posso dizer que se houvesse um concurso da pessoa mais mudada em três meses, eu ganharia de lavada.
Mas, mesmo com tudo isso, existem velhos hábitos e gostos que não me largam e que eu também não deixo que me abandonem. Um exemplo simples: ICarly. Você deve estar rindo muito da minha cara nesse momento ou me achando deveras patética, mas a verdade é que pra mim, esse programa de TV para pré-adolescentes tem um significado a mais. 
Pra mim, é uma coisa familiar. ICarly é simples e divertido, sem ser bombástico, mas que nem por isso perde o seu valor e o seu lugar de direito. Eu adoro ver ICarly. Dou algumas risadas boas quando assisto. Mas, como eu disse, tem algo a mais. ICarly era uma coisa que eu via com meus irmãos, com o Ian principalmente. Era o nosso programa de TV eleito para rir. Eu fui criada assim, minha mãe sempre nos ensinou a sermos unidos, porque se um dia acontecesse algo com ela ou com meu pai, nós três seríamos as pessoas mais próximas deles, já que temos os dois em nosso sangue. 
(Com o meu irmão mais novo eu não tive muito isso, porque ele mais tem idade pra ser meu filho do que pra ser meu irmão... Assisto desenho com ele, mas só porque ele me pede. hahahaha)
Sempre fomos uns viciados no canal Nickelodeon, então ICarly foi só mais um eleito. Por mais que não estivéssemos conversando ou fazendo alguma coisa de contato direto, nós apreciávamos o prazer da companhia de cada um, mesmo que isso nem sequer passasse pela cabeça daquelas crianças bobas. Que depois se tornaram uma adolescente, um pré- adolescente (atualmente adolescente também) e uma criança. Essa familiaridade natural é maravilhosa, é por isso que eu ainda vejo ICarly, apesar faltar pouco mais de um mês para os meus 18 anos. Sinto saudade deles, então quando eu vejo o programa, mesmo sendo sozinha hoje em dia, me sinto um pouco mais perto deles. E não há idade adulta forte o suficiente para tirar essa conexão de mim.

sexta-feira, 23 de março de 2012

Visuais e sonoras





Eu escrevo, porque apenas falar não é o suficiente. É preciso confirmar, registrar, provar, concretizar. Eu tenho essa necessidade de reforçar a comunicação, porque é só através da escrita que palvras invisíveis se tornam visíveis.
Escrevo, porque escrever faz parte da minha identidade. Existem palavras demais para definir o mundo, as pessoas e a mim mesma. Talvez seja por isso que eu tenho três sobrenomes e não apenas dois.
Escrevo, porque escrever é simplesmente um prazer encontrado nas entrelinhas. Aquela realização dentro de uma coisa simples que caracteriza um sentimento elaborado. As palavras estão entre as coisas mais poderosas que existem, tenha certeza.
São as palavras, os elementos capazes de definir uma vida, uma história, ou capazes de mudar tudo quando todas as coisas pareciam eternamente definitivas e imutáveis. As palavras podem ser um sopro de esperança num momento de desespero, ou uma machadada na cabeça num momento de alegria. Tudo depende da maneira como você escreve a sua vida, tudo depende do livro em que você vive.
Cada palavra tem o seu valor, a sua especialidade, o seu ultimato ou a sua iniciação. E se pensarmos bem, as palavras estão entre as coisas que nos definem desde sempre.
Não importa a maneira de como as palavras passam a existir, porque palavras são sempre palavras e não dependem de ninguém para existir, elas já estão aí, circulando pelo mundo. E o mais importante é que, as palavras são uma raça totalmente livre de extinção.

Para todo o sempre





Porque eu nunca consigo falar claramente sobre família? Toda vez que eu começo a escrever algo sobre esse tema, começa a ficar confuso demais. Talvez seja porque existem muitas coisas para se falar, ou pode ser porque eu sempre acabo formando frases clichês e isso não me agrada. Pelo menos não quando se trata sobre família. 
Clichê não é a mesma coisa que um provérbio. Clichê é algo chato, comum, fácil de entender e que não ensina nada. E por experiência própria, eu posso dizer que família não é algo clichê. Família com toda certeza é um provérbio. Um conto, um livro, um filme. Não é algo como um romance, onde a história costuma girar em torno de apenas duas pessoas. Família é mais como uma comédia dramática. É mais como um desencadeamento em cadeia.
Provavelmente será sempre um mistério o real motivo de cada um ter nascido dentro de uma determinada família. Acaso? Sorte? Acidente? Fatalidade? Eu não acredito em "fruto do acaso". Acredito que todas as coisas tem um motivo maior para acontecer. Certos sobrenomes podem ter um peso ou uma responsabilidade enorme para algumas pessoas.
Família é algo muito maior do que genes dominates e recessivos. Não são só nomes em árvores genealógicas, são descrições detalhadas sobre cada pessoa, impressas em você e no seu mundo de origem. No final, acho que acaba sendo um emaranhado de linhas fortes que passam entre a alegria e a loucura.
A coisa mais importante que aprendi até hoje sobre a minha família, é que de alguma forma, em algum detalhe ou eventualidade, terá sempre pelo menos uma partícula dela na minha vida. E eu não gostaria que fosse diferente. Agradeço por ser para todo o sempre.

segunda-feira, 19 de março de 2012

Mais uma vez sobre ele

Quando eu deitar na minha cama hoje, vou desejar com todo o meu coração que essa fase louca passe logo, bem rápido. Quero que acabe, quero poder me sentir livre e aberta para um novo amor. Todos precisam de um pouco de amor na vida. Algo forte o suficiente para transformar água em vinho e vinho em água. Porque as flores só têm beleza o suficiente para quem ama, o mundo só é colorido o suficiente pra quem ama, e uma cama só é aconchegante o bastante quando existe alguém para dormir junto com você.
Eu acredito no amor e acredito em todo o seu poder, acredito na capacidade que ele tem de transformar as pessoas, acredito que só se vive completamente quando se sente o amor, pelo menos uma vez na vida. Porque quem nunca amou, para mim não tem experiência de vida suficiente.
O amor pode durar pouco ou muito, o amor pode ser pra sempre ou só pra agora, mas não importa, porque no fim, todas as formas de amar fazem parte das muitas faces do amor, e todas elas têm sua beleza. 
Eu tenho muitos sonhos, de todo o tipo, e posso parecer meio dura demais às vezes, mas é porque aprendi a me defender. Pelo incrível que pareça já me magoei demais, então quero evitar ao máximo agora. Se acontecer tudo bem, vou levantar e esperar pelo próximo, mas se puder escolher por não sofrer, farei isso. Eu preso demais a liberdade e o direito de realizar meus sonhos, então às vezes acabo colocando isso na frente de tudo. Não quero me sentir aprisionada, nem sacrificada por causa de ninguém. Amor de verdade não é desse jeito, amor de verdade te dá a mão e te ajuda no que puder. Porque se é importante pra você, pra ele também passa a ser, ou pelo menos existe o devido respeito. Eu não abro mão disso. Pois é, nunca disse que não era confusa. Então, se um dia conseguir achar alguém que me ature e me ame desse meu jeito chato, me considerarei milionária. :)

Inverno mental


Mais um verão que se foi, mais um ano que dá sinais de que começou pra valer. Talvez o meu problema seja sempre deixar pra pensar no inverno. Não que ele já tenha chegado, mas está começando a dar sinais de vida. Em alguns lugares, pelo menos. O vento frio e o silêncio dos animais dormindo sempre me fizeram pensar. Eu penso sempre, mas nessa época eu penso mais. Eu gosto da calma que esse clima me transmite, me sinto bem, me sinto feliz.
As pessoas falam mal da chuva, mas eu gosto. Quando ela cai, é como se fosse feita uma limpeza no mundo, uma limpeza geral, que alivia um pouco a agitação, o estresse, as preocupações. Calma. Muitas pessoas precisam disso, e eu sou uma delas. Mas também adoro o sol do inverno, que é um sol confortável, quente na medida certa, feito para descongelar nossos corações, mas não para fazê-los ficar inquietos de calor.
Aprendi há muito tempo a gostar do inverno. Aprendi com as músicas, aprendi com os livros, aprendi com os filmes, aprendi observando o comportamento das pessoas nessa época, aprendi com o meu próprio comportamento.  Aprendi que quando o vento passa pelas plantas é como se fosse um ritmo que as fizesse dançar. Eu adoro dançar, mas também adoro observar os pequenos detalhes que ninguém mais vê. Adoro sorrir, andar abraçada com alguém e beijar. Adoro a aproximação que o inverno traz pras pessoas. Eu gosto disso, gosto de calor humano.
Todo ano eu espero ansiosamente por março e junho, e peço pra setembro demorar uma eternidade pra chegar. Pra eu poder usar aquela bota maravilhosa, pra eu poder vestir meu casaco favorito, pra eu poder relaxar e conversar com meus amigos sobre tudo. Todos juntos, agarrados, abraçados, tremendo e sorrindo, mas sempre juntos. Eu adoro esse calor. Adoro esse calor que só o inverno é capaz de trazer.
Adoro o chocolate derretido com banana e morango, adoro o gargalhar das pessoas quando alguém se suja no queixo. Adoro os filmes vistos em um aparelho de DVD, mas também adoro os vistos ao vivo. Adoro os carros molhados de manhã pelo sereno da madrugada, adoro um beijo no pescoço quando estou distraída olhando o nada. Adoro andar de mãos dadas. Adoro um olhar silencioso que diz tudo. Adoro poder sentir a eternidade de cada momento assim. Mas o que eu mais adoro, é saber que por mais que eu mude, por mais que o tempo passe e coisas aconteçam, eu sempre terei total intimidade com esses momentos, com esses sentimentos e com este clima de frio aquecido. É o tipo de coisa que sempre vai me fazer bem.

quinta-feira, 15 de março de 2012

Parcialmente


Meus dias começam tarde
e terminam ainda mais tarde.
Meu sono não vem antes da meia noite, 
porque fico pensando em todas as coisas.
Minha cabeça é a minha maior confidente.

Quando eu olho pra tráz, 
me lembro que sempre quis ir embora cedo
nunca tive dúvidas, muito menos medo.
Minha sede de liberdade sempre se fez presente
e nunca deixou que eu desistisse dos sonhos fervilhantes em meu coração e mente.

Agora que eu cheguei aqui, vejo que demorei demais.
Cheguei atrasada, quase tarde.
Mas talvez isso não seja bem uma coisa de idade
e sim de necessidade.

Não sou estúpida,
percebo que não sei nada.
Provavelmente ainda vá levar um tempo
Até eu conseguir caminhar completamente sozinha.
Ainda vai demorrar um pouco até eu poder despensar ajuda.

Mas, se antes eu me sentia tão incerta
Hoje eu me sinto um pouco mais aberta para as possibilidades.
Todos tem que aproveitar quando as oportunidades aparecem.
Todos tem sempre que tentar ver o lado bom das coisas.

A vida é como uma prece:
quanto mais você acreditar, mais chances os sonhos tem de se realizar.
Hoje eu me sinto parcialmente.
Parcialmente quem eu era, parcialmente quem eu estou me tornando.
Importante mesmo é sorrir e nunca perder a simplicidade e a espontaneidade.
Importante mesmo é sempre tentar fazer de uma vontade, a sua realidade.

quinta-feira, 8 de março de 2012

Constatações

Conforme o tempo passa, começamos a perceber muitas coisas que não percebíamos antes. Coisas simples, que estavam a um passo de nós, mas que não enxergávamos antes porque tínhamos a cegueira chamada imaturidade. Mas a imaturidade pode ser maravilhosa durante um certo tempo, porque quando começamos a adquirí-la, passamos a arcar com responsabilidades que não existiam quando éramos cegos. As questões complicadas não são procuradas, elas simplesmente surgem e temos que dar um jeito de resolver seus enigmas. É a normalidade mais normal que existe, só que nem todo mundo aguenta.
Mas, a capacidade de visão também traz muitas coisas boas, que não são difíceis de perceber. Talvez o fato de ser responsável por si mesmo seja o melhor de tudo. Liberdade. Quem não ama essa palavra? Só de ouví-la já aparece um sorriso em meu rosto. Você é seu dono, você é só seu, você faz suas escolhas e o resultado só diz respeito unicamente a você. Quando se é livre, os únicos empecilhos que existem são os que cada um cria para si.
Cada dia é especial de um jeito. Cada dia tem um diferencial que só pode ser percebido nas entrelinhas, mas este diferencial provavelmente é o que faz cada dia valer à pena. Portanto, se você não consegue enxergar este diferencial sutil ou escancarado, provavelmente você ainda está cego. Liberte-se da ignorância! Liberte-se da limitação de só conhecer e gostar do que trazem pra você! Crie seus próprios momentos, busque suas próprias respostas nas entrelinhas, e interprete-as à sua maneira. Se você é livre, ninguém pode tirar isso de você. E se você não é livre, ninguém pode te impedir de passar a ser.

segunda-feira, 5 de março de 2012

Dançando conforme a música


O tempo é um dos maiores mistérios da vida. Ele sempre passa, independentemente de se querer ou não. Ninguém pode pará-lo, nem retrocedê-lo, nem adiantá-lo. Ninguém pode mexer nele e nem tocar, mas ele sempre mexe com a gente. O tempo passa do jeito que quer e na duração que quer. Só podemos nos conformar e tentar nos adaptar às circuntâncias que à nós são impostas.
Eu cresci e saí da casa da minha mãe. Mas, pra falar a verdade, não cresci o suficiente para sair de lá, cresci depois que saí, cresci o suficiente para me manter fora de lá. Em dois meses cresci o que nunca havia crescido em anos, e ainda estou crescendo. Sei lá, eu tenho essa coisa de me adaptar bem à qualquer situação quando eu tenho necessidade, isso facilita muita coisa pra mim. Acho que talvez a minha mãe ainda esteja sofrendo bastante e muito provavelmente ainda vá sofrer por bastante tempo, porque ela ainda não cresceu o suficiente para aceitar que eu cresci.
Por mais que os pais não queiram, por mais até que alguns filhos não queiram também, as crianças sempre crescem e vão viver suas vidas. É assim que as coisas são.  Porque, se não for desse jeito, é sinal de que algo está errado. 
Talvez eu me contradiza demais, ou talvez eu apenas mude de idéia muito rápido, mas ninguém nunca é absolutamente o mesmo para sempre. Às vezes eu acho isso, mas também acho que a essência sempre permanece a mesma. Assim como a água que corre num rio hoje, não é a mesma que correrá amanhã, todos sabem que idenpendentemente do dia, a água vai ser sempre água doce.
Às vezes sentimos vontade de parar o tempo em alguns momentos, porque queremos que tudo seja sempre igual. Imutável. Paralisado naquele mesmo dia de anos atrás, naquelas mesmas pessoas, dizendo sempre as mesmas coisas, tendo sempre as mesmas idéias, sem viver e acumular novas perspectivas, sem sair do lugar. Congelados para sempre, porque se aquele momento foi bom e deu certo, significa que para os outros darem certo também, tem que ser daquela mesma maneira. Isso é impossível. 
Temos medo de algumas mudanças, mas elas acontecem. E só podemos fechar os olhos e nos levar por elas e torcer para que no final do caminho, tenha valido à pena termos nos moldado àquela nova maneira. E querer é o primeiro passo para o acerto.

Seven Days In Sunny June - Jamiroquai


The pebbles you've arrangedIn the sand they're strangeThey speak to me like constellations as we lie hereThere's a magic I can't holdYour smile of honey goldAnd that you never seem to be in short supply of
OooooSo baby let's get it onDrinkin' wine and killin' timeSitting in the summer sunYou knowI've wanted you so longWhy'd you have to drop that bomb on me
Lazy days, crazy dollsYou said we've been friends too long
Seven days in sunny juneBut long enough to bloomThe flowers on the summer dress you wore in springThe way we laughed as oneAnd then you dropped the bombThat I know you too long for us to have a thing OooooSo baby let's get it onDrinkin' wine and killin' timeSitting in the summer sunYou know I've wanted you so longWhy'd you have to drop that bomb on me(2x)
Gotta get thisThe stories in your eyesTell of silent wingsYou fly away on
Seven days in sunny juneBut long enough to bloomThe flowers on that sunbeamed dress you wore inspringYeah yeahThe way we laughed as oneWhy did you drop that bomb on me
OooooSo baby let's get it onDrinkin' wine and killin' timeSitting in the summer sunYou know I've wanted you so longWhy'd you have to drop that bomb on me
Could it be thisThe honey suckled dancing you'd seem to show meCould it be thisFor seven days in June I wasn't lonelyCould it be thisYou never gave me time to say I love youCould it be thisI know you don't believe me but it's so true
Don't walk away from me girlI read the stories in your eyesDon't you walk away from meI read the stories in your eyesAnd you've been telling me we've been friends for toolongYeah
I think I love youI think I love youWhy'd you wanna drop the bomb

quinta-feira, 1 de março de 2012

Hoje :D



Não é maravilhoso quando se está feliz? Parece até que o mundo se ilumina e tudo fica lindo e perfeito! É assim que eu estou me sentindo hoje e nada vai estragar o meu dia!
Sabe, hoje é o aniversário do Rio de Janeiro e eu estou passando aqui. Eu sou carioca, mas não passo o aniversário do Rio no Rio à uns dez anos, eu acho. Eu estava perdendo muita coisa, sou obrigada a dizer! A única coisa da qual eu sinto falta, é do tempo mais fresco. Eu odeio calor, odeio mesmo. E aqui faz de uns 35° pra cima, praticamente todos os dias. Quase morro tostada. Mas aqui é legal, tem movimento, e eu posso sair na rua e ninguém vai me reconhecer! Adoro isso! Onde eu morava antes, todos se conheciam, e se não conheciam, conheciam de vista. Desagradável. Se você fizesse algo, todos ficavam sabendo e a história corria um grande risco de ser adaptada na boca do povo. Já aconteceu comigo mais de uma vez e não foi nem um pouco legal. Terrível. Lá, ninguém tinha segredos. Por mais discreto que fosse, sempre tinha algum infeliz pra bisbilhotar! Esse é um dos pontos ruins de se morar em lugar pequeno. Mas graças à Deus, eu me livrei.
Mas é verdade que o Rio é bem legal, animado, movimentado e bonito, é claro. Mas também tem suas loucuras de grande cidade. Desorganização em muitas coisas, e contradições. Sim. Acho que certas contradições e ironias não acontecem só aqui, acho que é no mundo todo. Mas aqui, eu acho que é demais. Se você passa numa calçada, no centro do Catete, você vê um mendigo pedindo esmola de um lado e no outro, passa uma mulher linda, bem arrumada, com roupas de marca e falando num celular que custa um milhão de dólares. Isso sempre vai ser surreal pra mim.
De qualquer forma, tenho fé que um dia as coisas vão melhorar para todos os que precisam. E os que não precisam, vão ter engolir o orgulho e dividir a calçada com os "suburbanos". É isso aí.
Mas, não quero falar de coisas tristes por hoje e nem de questões complexas. Hoje eu estou leve, porque a alegria conseguiu esvaziar de mim toda a negatividade que poderia estar vivendo aqui dentro. Hoje eu quero sorrir e sorrir mais, e desejar um feliz aniversário pra Cidade Maravilhosa!