Possibilidades...?

Às vezes perece que as coisas estão escapando das minhas mãos... Está tudo se esvaindo, escorregando entre meus dedos feito água. Mas de repente, só talvez, esta seja a verdadeira mudança... Perder todas as coisas que eu tenho agora e que são de valor para mim; para que seja aberto um espaço para novas coisas, que se tornarão importantes... E a chegada dessas novas coisas, marcará o início de uma nova etapa... Pelo menos eu tento ser otimista... Mas não posso deixar de me perguntar se essas coisas novas realmente virão...

Mulher (Mulheres)

Eu sou uma menina e uma mulher

Eu não sou apenas uma 

Eu sou várias,

Dentro de uma mulher qualquer.

Durante muito tempo

as mulheres foram ofuscadas

por uma sociedade covarde.

Sempre lutaram para que tivéssemos uma vida de angústias

Tentando nos tirar o direito de sermos bem sucedidas e amadas

Pois tinham medo de que dominássemos tudo

De segurar na mão o mundo.

Eu sou uma mulher

Sou imperfeita e luto por mim mesma

Eu sou vaidosa

E tenho a vaidade de ser uma mulher poderosa.

Sou injusta e impiedosa

Sou fria e carinhosa

Sou alegre e triste

Sou alguém que nunca desiste.

Eu sou esse tipo de mulher

Mas existem muitos outros tipos de mulher

Não menos importantes,

Mas cada uma com a sua identidade

E pode apostar que nenhuma delas desiste.

Melhores ou piores, não importa.

O que vale é que todas somos mulheres

Temos mais responsabilidades

Mas só assumimos o que é de nossa vontade

Jamais seremos covardes.

Podemos ter o orgulho de dizer

Que podemos ser quem quisermos.

Somos fortes.

E isso tudo por que

Somos donas de nossas próprias sortes.

Esperança.

A mudança me chama. E eu tenho o orgulho de dizer que estou caminhando para ela feliz. Sem me lamentar quanto às perdas, apenas esperando que os ganhos não me deixem sentir falta das perdas. Porque a esperança é a última coisa que podem tirar de nós. A esperança salva vidas, e é por isso que quando ela morre, nada mais importa, porque quer dizer que o seu próprio fim chegou e não existe mais nada a se fazer. E aí você entra num vazio infinito que não acaba nunca. Por isso, não deixe a sua esperança morrer, porque sem ela você não tem nenhuma perspectiva, não pode ser feliz.

Um pouco de informação

Bom, eu estou estudando Segunda Guerra Mundial na escola, e realmente estou me envolvendo muito. As crueldades são absurdas, as loucuras de Hitler, extremamente preconceituosas, com judeus, homossexuais, comunistas, e todos que pudessem representar algum tipo de ameaça ao seu governo psicopata, me deixam muito revoltada. Quem gosta de História como eu, também se comoveria com o sofrimento de tantos, sofrimento causado por um covarde, que depois de todas as atrocidades cometidas, acabou por se matar. Não que eu ache uma pena ele ter morrido, não, ao contrário, mas eu acho que ele deveria ter morrido da mesma forma que muitos morreram nos campos de concentração. Para que ele pudesse sentir na pele, todo o sofrimento que causou. Mas não foi assim, então acho que a minha opinião não vale muito diante do sofrimento causado a tanta gente.

Eu comecei a pesquisar os detalhes sobre toda essa sujeira, e em especial, uma história no meio disso tudo, me chamou a atenção: é a história do brasileiro comunista Luis Carlos Prestes e da alemã comunista judia Olga Benário Prestes. Todos devem saber como foi a trajetória de ambos, uma história de amor trágica, que emocionou o mundo, graças a campanha da mãe de Prestes pela libertação da filha do casal, Anita Leocádia, que nasceu na prisão feminina nazista de Barnimstrasse, em Berlim e se tornou uma das mais importantes historiadoras brasileiras. E também devem saber da participação de Getúlio Vargas no meio dessa história, outro ditador louco. Eu andei vendo a entrevista com Anita Leocádia (que atualmente está aposentada e vive no Rio de Janeiro), e achei interessante trazer essa história para o blog, porque eu acho que internet também deve ser usada para obter cultura e informação, e não só para diversão. Quem tiver interesse em ver, é só clicar no link abaixo, para ver todas as partes da entrevista (porque está dividida no youtube) e saber mais sobre esses heróis que marcaram essa época tão difícil:

http://www.youtube.com/watch?v=iH6eQ1-bKRE

Não sei/Talvez

Não sei

talvez eu tenha muito para dizer, talvez não tenha nada de interessante para as pessoas quererem saber.

Não sei

talvez eu apenas tenha passado muito tempo sem me ver

me dedicando a sentir pena.

Não sei

talvez eu seja apenas outra tola no mundo

mundo que já está cheio de erros absurdos

Não sei

talvez eu apenas esteja me concentrando muito no que eu quero ser

e me esquecendo de quem eu sou

talvez

ou talvez não.

Não sei

nesse momento de nada tenho certeza

estão todos tão apaixonados

talvez eu apenas tenha que mudar de ares

para conseguir me apaixonar também

para que eu possa voltar a olhar além da felicidade dos outros

e talvez assim

eu consiga encontrar a minha também.

Ou talvez não seja a minha hora de amar

talvez eu deva apenas me concentrar em continuar

e terminar o que eu comecei a um tempo 

não vou embora até terminar.

Não sei

talvez eu seja apenas louca, errada, precipitada, mal acostumada, desorientada

ou talvez não

Talvez eu seja apenas comum

Mas será que é comum passar tanto tempo sem sentir amor?

Já tem tanto tempo que eu quase não me lembro mais

e isso só parece distante de mim cada vez mais.

Não sei

talvez eu precise deixar isso tudo pra trás

relaxar e me deixar levar

por uma vida de mistérios

na qual eu espero poder me encontrar.

Me pergunto se esse dia realmente irá chegar

ou se será apenas outra pergunta que dentro de mim não aceita se cala.

Talvez seja isso que me impede de amar

mas esta é uma pergunta que eu não posso ignorar.