domingo, 4 de agosto de 2013

Dependentes e descontrolados


O que eu escrevo sobre amor hoje em dia é nada mais nada menos do que uma tentativa de deixar o conteúdo do blog mais leve. Em alguns casos, também é porque eu presenciei algo que me inspirou para escrever algo sobre. Mas não, de uns 4 anos atrás pra cá, nada do que eu tenha postado aqui sobre amor foi realmente sobre algo que aconteceu na minha vida, a não ser as coisas tristes, porque a verdade é que eu sou traumatizada com esse troço até hoje. E sim, eu sou bem nova, e não, isso não quer dizer que já não tenha existido uma grande mágoa na minha vida, ou grandes mágoas, e muito menos que eu já não tenha vivido muitas coisas, porque sim, eu já vivi.
Não aceito que as pessoas me tratem como criança. Todas as decisões que eu tomei até hoje, desde sair da casa da minha mãe aos 17 anos, até não namorar até que eu achasse alguém realmente legal, foram minhas, apenas minhas, sem influências, sem obrigações, eu nunca fiz coisas importantes assim por estar obedecendo à alguém, pois eu só obedeço à mim mesma, e quando eu acho que cheguei a um ponto de infidelidade própria, eu vou embora. Sempre dependemos de alguém em várias alturas da vida, mas jamais devemos colocar nossas vidas nas mãos de uma pessoa. Eu aprendi isso vendo inúmeras pessoas cometendo inúmeros erros ao meu redor, desde bem criança, vendo pessoas colocando as responsabilidades de seus atos em cima de outras pessoas, um culpando o outro; eu vi pessoas se tornando pesos para as costas de alguém, e isso sempre me enojou, sempre me assustou, sempre me deu vontade de sair correndo e sempre me fez querer ser completamente diferente daquelas pessoas. Eu criei vínculos com todas elas obviamente, mas são poucas as semelhanças, pois graças à Deus sempre tive uma mente muito forte, muito centrada e cheia de personalidade própria. E, acredite, eu tenho personalidade de sobra. Costumo dizer que quem se casar comigo será realmente especial, pois aguentar a minha personalidade difícil e inconstante não é pra qualquer um. Nunca disse que era santa, nunca disse que não cometia erros, mas eu faço o que preciso pra me proteger sempre e conseguir as coisas que eu quero através da melhor maneira possível, sozinha, sempre sozinha. Quantas "garotas" de 19 anos podem dizer isso, hã? 
A partir do momento que você põe sua vida na mão de outra pessoa, que passa a ser dependente dela, é uma maldição de duas vidas: aquela pessoa sempre terá seu peso pra carregar, e você sempre terá que fazer o que ela quer. Odeio quando as pessoas dizem que não tiveram escolha, pois nós sempre temos escolha, mesmo que não sejam sempre doces. Podemos sempre escolher. Eu tenho horror a esse tipo de gente, não quero isso pra mim jamais. Então não, não serei uma dona de casa, não serei uma filhinha de papai, ou qualquer nome que se dê pra quem não sai de casa e faz pra si mesmo, ao invés de só ficar exigindo dos outros, ao invés de ser apenas uma vaquinha de presépio, ao invés de ser apenas outra mente controlada. Sim, eu sou descontrolada! Se ser independente significa ser descontrolada, então eu sou, com muito orgulho!
É isso aí, avisei que não era fácil de lidar.

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