quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Acreditar



Pra quê eu vivo, se não pro futuro?
Pra quem eu vivo, se não pra mim?
Se a minha vida não fosse feita de poesia,
Por qual outro motivo eu escreveria?
E se eu ouvisse às pessoas
Será que estaria onde estou?
Será que faria o que quero fazer
Será que seria do jeito que sou?

Porque no mundo dos crescidos
Ninguém nunca mostra a si mesmo
Apenas interpretam outras pessoas,
Personagens de um teatro realista ou idealista. 
Alguns papéis são tão vazios
Quanto folhas em branco.
Alguns são tão perfeitos
Que você tem certeza que são fictícios. 

Mas eu vivo 
Eu vivo dentro de mim mesma
E eu não vou mudar essa certeza
Pois essa é a única coisa que eu sei que nunca vai mudar em mim
Pois todo o resto pode acabar
Em pouco tempo posso não ser mais assim.
Mas se vou mudar, vou mudar pra mim
Mas se vou me adequar, vou me adequar por mim.
Tenho uma personalidade muito forte
Pra não ser assim.
Portanto acho que isso me encaixa no meio
Não sou nem crescida, nem encolhida.
Vivo nos malabarismos do meio.

Eu vivo pra não esvaziar.
Pra não esvaziar a mente,
Pra não esvaziar as esperanças do meu coração.
Eu vivo pra pensar,
Pra pensar em tudo o que eu já fiz
Pois sim, sou presa ao passado.
E também vivo pra acelerar o presente
E pular pro futuro
Pois sim, nunca estou satisfeita só com o agora,
Eu quero sempre mais.
E é por isso que
Eu vivo pra acordar, todos os dias às seis da manhã
Quero ver no que vai dar
Essa minha mania de viver pra sonhar, sim
As coisas só acontecem se você acreditar.

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