quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Meu dia perfeito de primavera


Depois de um tempo achando que nada mais aconteceria
e que eu não iria ter um retorno de nada do que eu já havia feito,
de repente eu enxerguei melhor e encontrei a promessa de uma nova vida.
As coisas voaram por todos os lados, inclusive a minha voz e expressão séria conservada no meu rosto há muito tempo.
Eu comecei a acreditar que o vento finalmente estava soprando a meu favor.
E pela primeira vez em muito tempo, eu realmente senti de corpo e alma
algo que quase já não existia mais entre meus sentimentos: esperança.

De repente, eu me permiti a acreditar que estava no caminho certo
E eu finalmente entendi que Deus escreve certo por linhas tortas.
Eu estava sozinha, mas me senti preenchida.
E de repente, outras pessoas apareceram e eu percebi que elas estavam tão felizes quanto eu.
Talvez eu encontre amor num lugar sem esperança, afinal.
Talvez eu seja uma louca racional
Ou talvez meus passos tortos tenham-me feito tropeçar no buraco certo.

E agora eu me sinto feliz,
Como Cecília Meireles e sua janela mágica, e Tom Jobim com as suas "Águas de Março".
Pois a intensidade da  felicidade que eu sinto, só eu consigo ver.
A felicidade que eu sinto não é necessária entender.
A felicidade que eu sinto é um vento refrescante de esperança diante de um ar abafado desestimulante.
E esse vento é a única coisa da qual eu preciso.

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