sexta-feira, 8 de maio de 2015

Canção da jornada


O que eu faço, meu amor 
É por você.
Às vezes você não consegue ver 
Pois o que eu faço é como um botão de rosa branca no meio da neve:
Impossível de enxergar
Mas ainda assim
Está lá.

O que eu faço, meu amor 
É por você
E mesmo assim, a distância que sentimos um do outro 
É como a melancolia de um navegador perdido no meio do oceano 
Tanto tempo navegando, mas não faz ideia da parte do caminho em que está 
Sente saudade do tempo em que as coisas faziam-se claras 
Pois é difícil, meu amor 
Encontrar uma poeira num enorme oceano.

O que eu faço, meu amor 
É por você.
Todas as madrugadas que passei acordada tentando desvendar o mistério dos seus olhos, 
Tentando descobrir a parte do oceano em que estou... 
E por não saber onde você está
Passo tento tempo a procurar...

Deixe-me, amor 
Deixe-me ir com o vento 
Quem sabe assim ele não diminui o tempo 
Que levarei até encontrar você.
Quando eu chegar, querido,
Dê-me abrigo 
Dê-me o prazer de finalmente te ter comigo 
Dê-me amor, dê-me coração aquecido.

Depois de todas as rosas brancas que deixei no meio da neve 
Depois do vasto oceano que naveguei em busca de uma minúscula poeira 
Em busca de uma pista 
Do seu perdido amor 
E do mistério revelado no fundo dos seus olhos... 
Destrua todos os relógios 
O tempo que levei para te encontrar, relógio nenhum pode expressar 
Pois tudo o que faço, meu amor 
É por você.


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