terça-feira, 27 de março de 2012

Limitados


Outro dia vi uma reportagem num telejornal que dizia que os adolescentes no Brasil estão lendo mais do que os adultos. Na entrevista com uma mulher desse ramo (não reparei qual era a profissão dela), o jornalista perguntou qual livro ela achava ser o responsável pela volta do interesse dos jovens pela Literatura, e ela respondeu que com toda certeza foi Harry Potter. Tudo bem, eu sempre gostei de histórias de ficção repletas de magia e coisas inexistentes (quando era mais nova gostava mais), mas porque os adolescentes só conseguem ler isso? Eu não li HP, mas vi todos os filmes. Porém, teve outra saga muito poderosa que eu li (com excessão do primeiro livro), que vocês já devem imaginar qual é.  Crepúsculo. Sim, o fenômeno chiclete grudou em mim também. Eu li e gosto da história, mas pra falar a verdade, o que sempre me atraiu mais na história foi o romance. Foi conseguir ver num livro atual que ainda existem pessoas que acreditam no amor verdadeiro e, porque não, eterno. Acho isso lindo, mas eu não li só isso na adolescência, li livros diferentes também.
Não tem nada demais gostar desse tipo de livro, mas não deveríamos resumir nosso gosto literário para apenas esse gênero, deveríamos estar sempre abertos às posssibilidades, deveríamos sempre nos deixar surpreender e expandir nossos horizontes. Por exemplo, quando eu descobri Martha Medeiros, consegui ver ainda mais beleza na profissão de escritor (a). Tenho que admitir que algumas coisas que eu escrevi foram baseadas nas dela. Ela é ótima, é uma escritora com  muita sensibilidade, uma mulher bem sucedida e interessante. Eu adora ela.
Você pode se entregar à procura e se surpreender com o que encontrar. Os livros estão por aí, tão diferentes uns dos outros e alguns tão parecidos, esperando a oportunidade de cair nas mãos de alguém interessado. O saber é a única coisa que ninguém tira de você.
Não podemos ser limitados desse jeito. Não podemos nos prender sempre ao mesmo estilo, ao mesmo tipo de música, cultura, lugar, pensamentos, ao mesmo tipo de livros. Essa é uma das razões de se querer viajar e conhecer pessoas novas: estamos sempre abertos às possibilidades e queremos mais é que elas venham mesmo. Digo isso para todos, mas principalmente para os jovens, porque nós estamos numa época de sugar informações, coisas, novidades e até antiguidades. Não temos ainda um conceito formado completamente sobre cada coisa, e é por isso que não podemos agir como velhos rabugentos presos "ao meu tempo" e blá blá blá. Porque todos os tempos passam, e é por isso que é preciso pegar as coisas boas de cada época, para poder estar sempre vivendo. Não necessariamente no tempo atual, mas no tempo certo.

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