terça-feira, 27 de março de 2012

Um pouco mais perto



Todos os dias, tento reforçar na minha cabeça o quão adulta eu sou. Não que eu realmente seja ou ache isso, mas talvez acabe acontecendo de tanto repetir. 
Eu arrumo meu armário toda semana; lavo e passo minhas roupas; sei fazer macarrão, salada, misto quente, brigadeiro, café solúvel, bolo e ovos mexidos; estou começando a me lembrar cada vez mais de apagar as luzes e desligar o aquecedor do chuveiro; estou adquirindo o hábito de estudar todos os dias e estou me forçando a levantar da cama cedo e ir caminhar na ciclovia aqui perto... Estou sempre tentando tomar decisões e manter as que eu já tomei, tentando sempre fazê-las dar certo. Tem muito mais, eu não falei tudo, mas posso dizer que se houvesse um concurso da pessoa mais mudada em três meses, eu ganharia de lavada.
Mas, mesmo com tudo isso, existem velhos hábitos e gostos que não me largam e que eu também não deixo que me abandonem. Um exemplo simples: ICarly. Você deve estar rindo muito da minha cara nesse momento ou me achando deveras patética, mas a verdade é que pra mim, esse programa de TV para pré-adolescentes tem um significado a mais. 
Pra mim, é uma coisa familiar. ICarly é simples e divertido, sem ser bombástico, mas que nem por isso perde o seu valor e o seu lugar de direito. Eu adoro ver ICarly. Dou algumas risadas boas quando assisto. Mas, como eu disse, tem algo a mais. ICarly era uma coisa que eu via com meus irmãos, com o Ian principalmente. Era o nosso programa de TV eleito para rir. Eu fui criada assim, minha mãe sempre nos ensinou a sermos unidos, porque se um dia acontecesse algo com ela ou com meu pai, nós três seríamos as pessoas mais próximas deles, já que temos os dois em nosso sangue. 
(Com o meu irmão mais novo eu não tive muito isso, porque ele mais tem idade pra ser meu filho do que pra ser meu irmão... Assisto desenho com ele, mas só porque ele me pede. hahahaha)
Sempre fomos uns viciados no canal Nickelodeon, então ICarly foi só mais um eleito. Por mais que não estivéssemos conversando ou fazendo alguma coisa de contato direto, nós apreciávamos o prazer da companhia de cada um, mesmo que isso nem sequer passasse pela cabeça daquelas crianças bobas. Que depois se tornaram uma adolescente, um pré- adolescente (atualmente adolescente também) e uma criança. Essa familiaridade natural é maravilhosa, é por isso que eu ainda vejo ICarly, apesar faltar pouco mais de um mês para os meus 18 anos. Sinto saudade deles, então quando eu vejo o programa, mesmo sendo sozinha hoje em dia, me sinto um pouco mais perto deles. E não há idade adulta forte o suficiente para tirar essa conexão de mim.

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