segunda-feira, 5 de março de 2012

Dançando conforme a música


O tempo é um dos maiores mistérios da vida. Ele sempre passa, independentemente de se querer ou não. Ninguém pode pará-lo, nem retrocedê-lo, nem adiantá-lo. Ninguém pode mexer nele e nem tocar, mas ele sempre mexe com a gente. O tempo passa do jeito que quer e na duração que quer. Só podemos nos conformar e tentar nos adaptar às circuntâncias que à nós são impostas.
Eu cresci e saí da casa da minha mãe. Mas, pra falar a verdade, não cresci o suficiente para sair de lá, cresci depois que saí, cresci o suficiente para me manter fora de lá. Em dois meses cresci o que nunca havia crescido em anos, e ainda estou crescendo. Sei lá, eu tenho essa coisa de me adaptar bem à qualquer situação quando eu tenho necessidade, isso facilita muita coisa pra mim. Acho que talvez a minha mãe ainda esteja sofrendo bastante e muito provavelmente ainda vá sofrer por bastante tempo, porque ela ainda não cresceu o suficiente para aceitar que eu cresci.
Por mais que os pais não queiram, por mais até que alguns filhos não queiram também, as crianças sempre crescem e vão viver suas vidas. É assim que as coisas são.  Porque, se não for desse jeito, é sinal de que algo está errado. 
Talvez eu me contradiza demais, ou talvez eu apenas mude de idéia muito rápido, mas ninguém nunca é absolutamente o mesmo para sempre. Às vezes eu acho isso, mas também acho que a essência sempre permanece a mesma. Assim como a água que corre num rio hoje, não é a mesma que correrá amanhã, todos sabem que idenpendentemente do dia, a água vai ser sempre água doce.
Às vezes sentimos vontade de parar o tempo em alguns momentos, porque queremos que tudo seja sempre igual. Imutável. Paralisado naquele mesmo dia de anos atrás, naquelas mesmas pessoas, dizendo sempre as mesmas coisas, tendo sempre as mesmas idéias, sem viver e acumular novas perspectivas, sem sair do lugar. Congelados para sempre, porque se aquele momento foi bom e deu certo, significa que para os outros darem certo também, tem que ser daquela mesma maneira. Isso é impossível. 
Temos medo de algumas mudanças, mas elas acontecem. E só podemos fechar os olhos e nos levar por elas e torcer para que no final do caminho, tenha valido à pena termos nos moldado àquela nova maneira. E querer é o primeiro passo para o acerto.

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