Então, chegamos à
marca dos sete dias. Uma semana para tudo mudar. Quando eu digo
"nós", me refiro à coragem, à determinação, à esperança, à mim. Nós
que sempre estivemos juntos em tantos momentos, nós que construímos as mais
variadas lembranças... Nós nos mantivemos firmes mesmo quando o medo se fez
presente, mesmo quando as dúvidas eram constantes, mesmo quando quase nos
perdemos, mesmo quando quase abrimos a porta para a desistência entrar. Em
todos esses momentos e em tantos outros nos mantivemos juntos e fortes. Em
tantos momentos de desespero, pensamos melhor e chegamos à conclusão de que não
fazia sentido acabar com tudo assim, pois só o que temos são as possibilidades
e acabar com elas seria suicídio.
Tão pouco para que
eu termine de atravessar essa ponte da minha vida, tão pouco para partir para a
próxima ponte. Ainda tenho mais umas poucas coisas pra resolver antes de chegar
ao outro lado da ponte, não podemos ter assuntos inacabados quando vamos embora
assim,, afinal, esses assuntos inacabados podem nos fazer regredir um dia e só
o que eu quero é evoluir, nunca o contrário. Os fins trazem também inícios e
aqui estou eu terminando e começando.
Nada melhor do que o
tempo para acalmar a ansiedade, nada melhor do que o tempo para trazer
esperança, nada melhor do que o tempo para trazer as mudanças em que muitas
vezes necessitamos tanto quanto o ar que respiramos. E é o tempo que me dá o
privilégio de ver as primeiras partes do fim dessa minha primeira ponte. A
infância se foi, a adolescência se foi e agora sobra apenas o começo de uma
nova etapa em que só uma adulta pode percorrer. E agora, eu finalmente consigo
ver que essa adulta, sou eu.
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