quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Na pressão



Tropeçar nas próprias palavras? Comigo acontece muito, haha. Se comecei isso com um "haha" é porque a coisa é realmente tensa pro meu lado, falo sério. Já perdi amizades por causa disso, já fiquei dias sem falar com a minha mãe, e meses sem falar com o meu pai. Sim, sou uma pessoa difícil, mas na maior parte do tempo estou preocupada com o bem estar das pessoas, porque eu tenho essa droga de instinto maternal e o meu é a flor da pele (se um dia eu tiver um filho, tenho pena dele, porque meus irmãos já sofrem comigo, haha); e na outra parte do tempo estou estressada com uma situação que é ruim pra mim ou pra alguém e que eu não tenho como ajudar. E aí, no meio da irritação e frustração por não poder ajudar, acabo soltando uma merda qualquer que ofende alguém e que geralmente não é o que eu realmente gostaria de ter dito. Seria muito mais fácil se eu pudesse escrever tudo e dar pras pessoas lerem, como eu fazia na época da escola que trocava folhas de conversa na hora da aula: minha vida era muito mais fácil porque eu conseguia realmente me fazer entender. Era feliz da vida tirando zero em matemática, haha.
Enfim, gostaria que muitas pessoas pudessem ler isso. Semana passada foi um festival de dizer coisas idiotas perto de pessoas inapropriadas para ouvir tais coisas, que não me conhecem e não sabem que eu sou mais impulsiva do que grossa. E aí, depois, fazendo uma revisão dos meus dias na minha mente imaginativa e ao mesmo tempo realista,  vi as coisas completamente ridículas que havia dito, vi as diferentes formas completamente fora de nexo das quais eu havia reagido, e vi também que isso muito provavelmente causaria nas pessoas que ouviram uma certa barreira em relação à mim e que também começariam a me evitar. Talvez isso seja tudo coisa da minha cabeça e ninguém me leve tão a sério assim, mas na minha mente cheia de culpa isso é real. Algo que não me deixa dormir, algo que acaba me fazendo ter auto recriminações, pesadelos, coisas que por dias e dias ficam se repetindo na minha cabeça e eu não consigo evitar, mesmo querendo deixar pra lá. Adoraria não ser uma pessoa arrependida de algumas coisas que eu faço ou falo, eu seria infinitamente mais feliz e menos ansiosa, mas eu sou esse tipo de pessoa que se sente culpada praticamente o tempo todo. 
Tenho que aprender a calar a minha boca, realmente tenho. Vestir a carapuça do estereótipo de que todo escritor é caladão. Eu falo pra caramba, então talvez isso mostre que eu não sou uma escritora, e sim uma pessoa que fala tanto que acaba estendendo pro papel, haha.
Mas semana passada foi demais, fora do normal. Talvez seja porque eu tenha estado muito cansada, trabalhando e estudando muito, na neurose de não fechar a média com menos do que um 9 (e fechei com 9,2; ufa!) e na neurose de tentar a todo custo agradar a todos. Acho que chega um determinado momento do seu dia em que você entra em colapso ou começa a simplesmente seguir no automático e então a merda voa no ventilador. E é nessa hora que eu acho que as pessoas deveriam ser proibidas de sair de casa. Assim como deveria ser obrigatório atestado médico para os dois primeiros dias da menstruação, no mínimo, haha. 
Todos nós precisamos de uma pausa, todos nós precisamos de um banho de sal grosso, ou às vezes de uma surra mesmo.


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