quarta-feira, 6 de abril de 2011

Minha escrita.



Meu método de criação é estranho. Eu tenho inspirações nas horas mais improváveis: andando na rua, na aula de química, ouvindo música, vendo um filme, quando eu me estresso ou no meio de uma conversa com alguém, ou simplesmente quando eu dou uma pausa do estresse e da correria para relaxar. Os textos, poesias e músicas, ou até mesmo frases, simplesmente vem na minha cabeça e eu tenho que escrever imediatamente, porque senão, some tudo da minha cabeça e nunca mais volta.
Acho que a pior hora em que eu posso ter inspirações é na hora de dormir. Eu deito na cama e estou quase dormindo, quando de repente vem algo na minha cabeça que me força desesperadamente a escrever. Isso acontece muito. É chato às vezes, porque eu estou cansada e tenho que levantar de novo. São nessas horas em que eu vejo que o meu dia ainda não acabou e eu me dou conta de que ainda falta alguma coisa para ele poder ser encerrado.
É claro que a maioria das coisas que eu escrevo ninguém vê e nem nunca verá. Eu gosto de ter um mundo só pra mim, no qual eu seja a única que possa e consiga entrar. É o meu universo particular. Como sempre foi.
Eu não sei explicar o que acontece quando eu escrevo-- parece que tudo à minha volta some e sobram apenas eu, o papel e a caneta. Desde os meus sete anos de idade é assim. O papel é o meu mundo secreto. É o mundo que eu gostaria que existisse, mas não pode existir. E já que não pode existir, eu me permito entrar nele às vezes.
Acho que eu gosto da idéia de que no papel eu posso criar o que eu quiser fazer o que quiser ser quem eu quiser e estar com quem eu quiser. São acontecimentos involuntários, mas que ao mesmo tempo são decididos por mim.
Dias nublados para mim, são os melhores dias. Não sei explicar o motivo, mas são nesses dias que surgem meus melhores textos, poemas e músicas. Acho que é porque eu gosto de preto e branco. O modo como uma cor se sobressai na outra, sem que uma chame mais a atenção do que a outra, me faz relaxar. E por um momento eu acho, que de alguma forma existe uma combinação perfeita. Bom, pelo menos com as cores.
Enfim, dias ensolarados não fazem isso, já que em dias ensolarados eu geralmente sinto vontade de sair e não de ficar parada pensando. Nesse caso, a inspiração só surge depois que eu chego da rua. Mesmo assim, às vezes nem surge, porque eu fico cansada da agitação e simplesmente caio na cama.
Bom, não sei bem como essas coisas acontecem, só sei que acontecem e eu escrevo. E aí estão as minhas escritas. Escondidas ou à mostra.

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