domingo, 12 de janeiro de 2014

Turbilhão

Todas essas palavras 
Continuam transbordando da minha mente 
Elas tocam as beiradas
Elas tentam explodir as barreiras reforçadas. 
E você não pode me salvar agora
Pois eu pertenço ao turbilhão
Eu estou entregue à revolta das águas 
Estou me afogando lentamente nas minhas próprias palavras. 

Eu estou indo agora
Mais uma noite sozinha
E você não pode me ouvir 
Pois as palavras ainda não conseguiram sair
Eu deito na minha cama 
Mas sei que não vou conseguir dormir 
Não em importo, pois adoro essa sensação de explodir e depois nascer de novo
Pra mais uma vez subir.

Todas essas palavras procuram por pequenas frestas 
Todas elas
Continuam vagando apertadas 
E você não pode me salvar agora
Pois eu pertenço ao turbilhão
Elas estão quase conseguindo achar a saída 
E eu quero que elas me façam imensidão.

Todas essas palavras, há tanto tempo tão sufocadas 
E agora eu estou aqui de coração aberto pra morrer engasgada
Não me importo, pois adoro essa sensação de explodir e depois nascer de novo
Pra mais uma vez subir.

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