segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Eu, sou eu mesma.


Acho que todas as pessoas podem entender o significado de ter uma família (ou pelo menos quase todas), e também sabem o quão complicado pode ser tê-la em sua vida. Não é sempre maravilhoso ou reconfortante. Como em todos os relacionamentos humanos tem altos e baixos, a família está incluída nisso. 
Minha mãe diz que eu sou super parecida com o meu pai. Até me chama pelo nome dele à vezes, porque sabe o quanto eu odeio comparações. Meu pai também diz que eu sou parecida com a minha mãe e diz que algumas atitudes minhas o irritam por serem iguais às dela. Mas o que eu posso fazer se sou filha dos dois? Eu não escolhi isso. E na verdade seria estranho se eu não tivesse características dos dois. Eu sou filha do meu pai e da minha mãe e tenho que viver com isso e eles dois também. Mas, por mais que eu tenha características dos dois, não tenho toooodas as características deles. Não sou cópias dos dois combinadas em uma só. Não sou só parecida com eles. Sou parecida comigo também.
O que eu quero dizer com isso? Bem, o que está no meu sangue está no meu sangue, e eu não posso evitar. Mas o que está no meu sangue não se mistura com o que esta na minha alma, que é um oceano profundo de características, sentimentos e lembranças de muito tempo. Lembranças próprias, sem ter a ver com ninguém, nem mesmo com a minha família. Tolo é aquele que pensa que só tem uma vida, uma chance de aprender tudo e depois você vai viver no céu pra sempre. Não se aprende tudo do que se precisa em apenas uma vida. Há tanta coisa pra aprender, assimilar, entender e conhecer, que seria muita pretensão achar que uma vida pode ser o suficiente para aprender tudo. Por mais que eu tenha características dos meus pais, também tenho as dominantes, que estão gravadas na minha alma e que eu suponho ser bem velha, mas ainda bem longe da "morte".
Eu sou uma pessoa complicada e difícil em relação à certas coisas, mas eu, sou eu. E ninguém pode mudar isso. E acima de tudo eu sempre terei a certeza de que mesmo que mil pessoas te amem verdadeiramente e que todas elas queiram ajudar você, no fim das contas nada disso importa. Você só depende de você só depende de você mesmo. Se você não quiser algo de verdade, não adianta mil quererem por você. Cada um só tem a si mesmo para realizar seus sonhos e planos. Quando você tem um sonho, mas precisa que outra pessoa esteja incluída nele para este acontecer, aí não é mais sonho. É a união de duas pessoas que se entendem tão bem e combinam tanto que tem até alguns objetivos iguais. E aí, só pode ser amor. E quando é amor, você se sente feliz, confortável, aquecido e radiante o que é tão bom quanto ter um sonho com grandes chances de se realizar.

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