sexta-feira, 3 de outubro de 2014

Eu tô fazendo tudo de novo


Eu falo mal, eu relembro, eu digo que nunca, que jamais farei 
Eu condeno, eu julgo, eu finjo que faço melhor e que nunca farei aquelas coisas 
Mas eu faço tudo, eu tô fazendo tudo de novo 

Eu posso até morar sozinha, posso trabalhar e pagar minha comida 
Eu posso dizer o que eu quiser dizer 
E não há ninguém pra provar que é mentira 
Eu posso fingir o que eu quiser fingir 
Eu posso viver dizendo que não sei mentir 
Mas eu faço tudo, eu tô fazendo tudo de novo 

E cada crítica, cada resposta, cada reclamação 
Cada briga, cada novela mexicana 
Cada resposta atravessada pra expressar indignação 
Cada coisa que eu faço, cada ataque que eu dou
Eu faço tentando sair da rede de repetição
Mas eu faço aquilo tudo, eu tô fazendo tudo de novo 

Eu sempre faço tudo de novo, exatamente como foi feito há 20 anos 
Eu sempre faço tudo de novo, exatamente como foi feito há 30 ou 40 anos 
Eu faço tudo de novo 
Capengando, me segurando firme, pois cair é fácil 
Eu faço do meu jeito, mas se você olhar mais de perto 
Eu sempre faço tudo de novo, eu tô fazendo tudo de novo 

Não há nova maneira 
O novo vem, mas a maneira que o percebemos
É sempre igual 
E eu tô fazendo aquilo tudo, eu tô fazendo tudo de novo

Sou sozinha no mundo e sempre serei 
Não tenho ninguém, mas os outros me têm 
E eu sou intensa além do limite, sou irritada, amorosa e exageradamente apegada 
Eu sou isso tudo, mas faço sozinha 
Eu faço aquilo tudo, eu tô fazendo tudo de novo 

E todas as fotos e novidades 
Todas as poesias e risadas 
Todas essas coisas 
São sempre iguais 
E eu tô fazendo aquilo tudo, eu tô fazendo tudo de novo 
Eu sempre faço aquilo tudo, eu tô fazendo aquilo tudo de novo. 

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