quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

História do perdido na estrada



Quem é você?
O que você veio fazer?
Pra mim você não é nada
Pra mim você não é ninguém.
Veio por uma estrada sem rastros 
Segue por um caminho que leva até um penhasco 
Você é um nada que viaja 
Um estranho desorientado, um viciado desacordado. 
Quem é você?

Você está em contato com todos os seus emaranhados?
Esses repetitivos pensamentos que te mantém acordado 
Viajando na madrugada 
Pronto pra pular de um penhasco?
Quem é você?

Você vaga por aí com a mesma velha ferida
Você é ninguém.
Mas você é alguém.
Alguém que eu ponho em versos 
E nesses versos te dou vida.
Uma vida sem penhascos,
Cicatrizo sua ferida 
Te dou direção, apago seus fracassos.
Mas estes são apenas versos  
Versos de alguém que não te conhece.

Você é um estranho desorientado 
Pensa que está desesperado, mas está apenas cansado. 
Eu te ponho nos meus versos, eu seco suas lágrimas 
Conto essa história como se não fosse nada.
E mesmo dando outro rumo pra sua trajetória 
Mesmo colocando esses versos na sua memória 
Nada muda o fato de que você não sabe quem é. 
Pra mim você é um viajante estranho, perdido numa estrada esfarelada.
Pra mim você não é ninguém
E pra você, eu não sou nada.

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