quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Australopitecos atuais




Ele fica sumido sei lá por quanto tempo, e num belo dia reaparece do nada. Esse é o famoso cara que demonstra querer algo, mas na verdade não quer nada. De vez em quando ele aparece pra contar mais ou menos como vai a vida, mas na verdade do que ele gosta mesmo é mostrar que ainda existe. Ele quer marcar território, mesmo sem querer nada, quer que você o cogite, e que de alguma maneira retribua falando as mesmas idiotices. Conheço alguns caras assim, nenhum deles são legais pra mim.
Ontem eu ouvi que o que homem brasileiro que não é gay quer de verdade numa mulher é peitão e bundão, e só isso. Isso é provavelmente verdade, e esse fato implanta em mim apenas o palpite de que eu nunca conseguirei me casar com um homem brasileiro se todos eles são como adolescentes no cio. Tem gente que é maravilhosamente lindo, aquela beleza que você tem certeza de que some a partir do momento em que abrem a boca. E assim tem sido os homens com quem tenho sido obrigada a conviver, e tenho tido nojo e ódio no coração de cada um deles.
Pessoas que não tem nada na cabeça que não sejam bolas de merda deveriam ser proibidas de abrir a boca, deveriam ser proibidas de tentar pensar em alguma coisa, deveriam ser proibidas de fazer algo que não seja interpretar um cabide numa passarela qualquer da vida. Não existe conversa com gente assim, não existe paciência com gente assim, não existe nada com gente assim. Isso se eles puderem ser considerados gente. Pra mim são troços que existem apenas pra implantar merda na cabeça da sociedade, reforçando uma cultura superficial e vazia, troços que deveriam estar extintos.
Não sei pra que uma pessoa que pensa assim está viva, não sei nem o que pensa da vida, isso se pensar em algo que não seja peitão, bundão e bolas de merda voadoras. Esses são os verdadeiros doentes mentais, que nascem com saúde, mas escolhem viver como boçais. Mas o que me consola é saber que um dia todos eles morrerão secos e sozinhos, pois assim como os peitões e bundões caem e se vão, um rostinho bonito e um corpo esculpido em academia também se vai, e vai pro inferno, e espero que vão mesmo pro raio que os parta, todos esses troços infelizes que sou obrigada a denominar como homens. Não digo isso de todos os homens, digo isso apenas dos espécimes que são os Australopitecos atuais.
O pior é que existem mulheres com esse tipo de pensamento também: As Australopitecas são aquelas que veem dinheiro, carro e músculos como as coisas mais importantes que existem, aquelas que passam os dias enfurnadas em academias, ou torrando o dinheiro do marido rico e velho, e nas horas vagas dando umas fugidas com o jardineiro ou com o motorista. Talvez com os dois, quem sabe? Esse tipo de mulher que faz umas vinte cirurgias plásticas e mesmo assim nunca está satisfeita, esse tipo de mulher que não se conforma de ver alguma coisa verdadeira sequer no espelho, porque a felicidade é fake, fake, fake. E acho que no caso das mulheres é ainda pior ser desse jeito, porque nós deveríamos viver como os seres evoluídos que somos, evoluídos o suficiente pra gerar outros seres. Mas as Australopitecas não geram outros seres, pois são ocas e vivem orgulhosamente de cascas, e quando conseguem a sorte de gerar outro ser, na maioria das vezes o coitado vem estragado também.
Como é possível a espécie humana regredir de tal maneira? Cadê as emoções dessas coisas, cadê a consideração pelos outros, cadê a inteligência, cadê a capacidade de raciocínio, cadê a capacidade de distinguir photoshop de realidade?
Matem todos, por favor, não estamos mais na época de ter Australopitecos entre nós. Quem não quer evoluir, pode fazer o favor de se trancar em casa e nunca mais sair, não sou obrigada a conviver com esse nível de boçalidade, e tenho certeza de que outras pessoas pensam como eu.
Ou você faz da sua existência algo digno de ser reconhecido, ou simplesmente desaparece.

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