quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Vácuo


Eu não estou.
Eu não sou.
Eu era, em algum lugar do passado, 
um lugar perdido nas tantas estrelas quase apagadas do céu.

Eu não tenho.
Eu não venho.
Eu não sei, mas sabia.
E quem é que pode dizer se um dia saberei de novo?

Eu não quero.
Eu não espero.
Eu não procuro.
E quando procurava, no fundo já sabia que não encontraria nada.

Eu não como.
Eu não durmo.
Eu não falo.
Eu não paro.
Nos momentos em que parava, me sentia como a chuva que chega pra aliviar o calor.
Me sentia feliz.
Me sentia bem.
Me sentia eu.
Me sentia.

Tem muito tempo que não sinto mais.

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