segunda-feira, 2 de abril de 2012

Câmbio, desligo


Aqui quem fala é a metamorfose inquieta. Tem pouco tempo que eu fui embora, mas parecem anos na minha memória.
Ter ido embora não significa ter esquecido do que eu já vivi por aí. Não são historias, são fatos que um dia aconteceram e continuam se repetindo de modo parecido com tantas outras pessoas. Existem coisas e sentimentos mais fortes que o tempo. Promessas escritas na areia, que o vento não é capaz de apagar, nem mesmo com a ajuda do mar.
As fotos existem para provar. Cartas, poemas, conversas também. Mas tudo isso não passa de momentos congelados. Mais forte do que tudo isso, mais válido do que qualquer prova, são as lembranças na minha alma. Memórias de um passado que sempre farão parte da minha trajetória.
Vocês se lembram disso? Estou tentando fazer contato com vocês  a mais de um mês. Eu tento, mas não obtenho retorno. Acho que tudo isso está mais distante pra vocês do que pra mim.  Acho que por este e outros motivos, tenho que aceitar que este tempo do qual eu falo, é apenas mais um tempo passado.Não vou esquecer de vocês e nem de nada do que fizemos e nem pelo o que passamos, mas não exijo o mesmo em troca, minhas certezas são suficientes. Eu não preciso de outras pessoas confirmando o que eu digo. Sei que tudo isso existiu e este é um dos principais ingredientes do meu sorriso. Não vou lamentar pelo o que não foi cumprido ou por o tempo ter passado batido. Vocês sempre serão aqueles que um dia foram meus amigos. Não vou esquecer. 
Esta é a carta do adeus. Sempre soube que isso iria acontecer, mas não queria aceitar. Esta é a carta de um coração para outros, um coração que está reformulando o conceito de felicidade. Está ficando tarde, tenho que ir. Quem sabe um dia possamos estar juntos de novo, mas agora, esse momento aqui, é só comigo. 
Câmbio, desligo.

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