terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Formatura


Podem começar a rufar os tambores, porque chegou o grande momento pelo qual muitos estavam esperando e muitos adiando. Não sei mais se é o início, ou o meio do fim, talvez seja de fato o fim.
Nesse momento, eu olho em volta e não sei exatamente o que pensar e também não sei exatamente o que estou sentindo. Foi uma longa trajetória até chegar aqui, eu vi, ouvi e senti muitas coisas. Talvez o que eu esteja sentindo agora seja o mesmo que eu senti quando entrei na escola aos 3 anos de idade: medo.
Aprendi mais do que apenas da grade curricular. Algumas vezes chorei e em outras ri. E em algumas simplesmente não expressei nada, porque às vezes quando não se tem nada de bom pra dizer ou nada que importe de verdade é melhor não se manifestar. Eu senti raiva, alegria, medo, alívio, tristeza, incerteza, impacto. Sempre impacto. Algumas vezes senti vontade de desistir, jogar tudo pro alto e simplesmente deixar pra lá. Afinal de contas, alguns de nós nunca entenderam completamente para quê serviu isso tudo. O que será que teria acontecido se alguns de nós acabassem por desistir? Eu não sei, mas certamente não estaríamos aqui hoje, e isso não me parece bom.
Qual foi o propósito de tudo isso? Se eu deixasse de lado por um minuto a questão da obrigação e a necessidade para com os estudos e o pensamento constante na possibilidade de um futuro, o que restaria? Restaria alguma coisa? Restaria. Restaria a experiência. Restariam as amizades formadas. Restaria a fé em mim mesma e em tantas outras coisas. E se para mim restasse apenas isso, já seria o suficiente. Valeria a pena ao ponto de comemorar o acontecimento de toda essa trajetória. E não é o que estou fazendo aqui hoje?

- Escrito em 26 de novembro de 2011

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