sexta-feira, 22 de julho de 2016

Veneno

Eu sei que você disse que não tem pressa de nada 
(e talvez seja disso que eu preciso) 
Eu sei que você disse que agora não é o melhor momento 
(nossos horários nunca se encaixam)
E que você está atolado com os planos que sempre planejou 
E que eu... Bem, eu sou a bagunça de sempre. 

Eu não consegui dizer o quanto é irônico que estejamos sempre nos desencontrando 
E o quão filha da puta essa vida é
E a quantidade de vezes que eu escrevo sobre você
E quantos pensamentos eu penso sobre você nos meus dias. 
Você faz parte da minha rotina mental 
E eu te vejo em todos os lugares.

Como posso ignorar esses olhos profundamente melancólicos?
A poesia nos seus olhos torna pra mim... Impossível ignorar meu coração acelerado, 
Em todas as vezes torturantes que nos aproximamos.
E eu fico aqui escrevendo essas coisas ridículas 
(e todos sabem que eu não sou boa com isso... Escrevo sobre tristeza, esse é o único assunto que sai bom)
Mas você me reprimi tanto, que chego nesse nível de perturbação
Você é o único para o qual eu direciono isso tudo 
Por isso é tão irônico que estejamos sempre nos desencontrando.

Se não é pra ser
Porque você não sai da minha cabeça?
Porque você não [des]arrepia meu corpo 
E me deixa respirar tranquila?
Pois eu, sou perturbada por você 
Mas você me coloca em espera, assim como nas vezes que fiz com você...
Eu tenho o que mereço agora 
Esse universo é mesmo justo...
Eu mandei, agora está de volta pra mim
Nada como mais um dia provando do meu próprio veneno.

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