terça-feira, 6 de janeiro de 2015

Poeiras




Talvez a felicidade seja um queijo quente no fim da tarde 
Um banho de mangueira quando está calor de verdade.
E talvez, esta seja a maior das verdades:
Nunca olhamos pra nada realmente.
Não enxergamos beleza em pequenos pontos de luz, não cuidamos uns dos outros como deveríamos, nos achamos muito grandes e superiores, e temos certeza sempre de que não existe nada maior do que nossas dores. 
Somos poeira num planeta que também é uma poeira, e estamos perdidos entre várias outras poeiras, nesse universo sem fim.
E há quem não acredite no milagre dos encontros, no milagre das conexões raras que conseguimos estabelecer com outras poeiras igualmente perdidas por aí.
Há quem acredite que tudo isso é besteira.

O ser humano é a mais insignificante entre todas as espécies existentes 
Destruímos tudo o que nos foi dado de graça 
E vivemos na tentativa implacável de comprar o que nos faz mal.

Somos poeira num planeta que também é uma poeira, e estamos perdidos entre várias outras poeiras nesse universo sem fim
Acreditamos que somos maiores, mas caminhos para o inevitável esquecimento 
Até chegarmos na inevitável tragédia em que matamos uns aos outros 
Porque somos insignificantes poeiras e não fazemos a mínima questão de tentar ser nada mais do que isso.

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