terça-feira, 2 de dezembro de 2014

Insone

Insone, momentos de uma insone
O mês acabou, o Verão chegou 
E eu continuo aqui,
Insone. 

Sou apenas capaz de traduzir do céu estrelado de cada dia 
Como a mais profunda agonia 
Como o mais profundo mistério
Início do abismo, o fim do precipício 
Coisas de uma insone
Na madrugada do meu quarto não tenho nome.

Das coisas da minha raça 
Só entende quem não dorme 
Quem teve o prazer de ser amaldiçoado pela madrugada 
Quem não conhece outra vida além dessa 
Em que ficamos todos vagando acordados 
Lentos,
Com pressa 
E insones. 

Sempre aceitei um café 
Nunca aceitei um cigarro 
Mais um sonho acordado 
Mais um pensamento perdido 
Desejos fixos, corpo parado.
Sou insone, ando insone por todos os lados.

Caneta inquieta desde que nasci 
Gargalhadas e lágrimas 
Coisas que nem todos entendem 
É necessário viver aqui, na madrugada.

Das coisas da minha raça 
Só entende quem não dorme 
Longe, longe 
Mente cada vez mais distante 
Alma agitada, quem é assim nunca morre
Insone, mal assombrada 
É o fim do ano
Fechamento de um ciclo, início de uma nova estrada 
Insone, sonhando acordada. 

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