quarta-feira, 12 de novembro de 2014

Quase DNA

Talvez chova
Talvez chova mais tarde 
Talvez chova...
Mas não agora.
Agora faz Sol lá fora 
E ela não se demora 
Pra sair e rodar por aí 
Porque está Sol lá fora 
E ela precisa sair daqui.

Talvez chova
Afinal, depois de tudo 
Depois desse ano brusco, depois dessas mudanças absurdas, depois desse ano duro 
É estranho que ainda não tenha chovido 
Ela continua aqui, continua aqui comigo 
Não me larga, ta grudada 
Ela é minha mãe, ela é minha irmã, ela é minha filha, ela é minha família 
A única família que eu tenho na minha rotina.

Ela não se abate, ela nunca deixa de gargalhar à vontade 
Às vezes chora um pouquinho, faz um lamento, sai de fininho 
Mas ela nunca desaba 
É forte como seu cabelo de índia 
Seu desequilíbrio é equilibrado 
Seu amor por mim, demonstrado. 

Talvez chova
Talvez chova mais tarde
Mas não agora 
Agora faz Sol lá fora 
E ela não se demora 
Pra sair e rodar seu vestido por aí 
Me perguntando se eu quero ir. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário