sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Regras


Hoje eu fiz teste de português na escola. A matéria foi acentuação gráfica e os devidos motivos das palavras serem acentuadas. Ou seja, regras e mais regras. Eu não me recuso a fazer nada por causa delas, pois algumas vezes, elas são precisas. Mas não vou mentir, eu trabalho mil vezes melhor quando tenho liberdade de fazê-lo tomar o rumo que eu quero. Porque, falando sério, as melhores coisas da vida são as coisas espontâneas, sem serem premeditadas, nada com regras. Às vezes não precisamos da explicação do porque “isso é desse jeito”, ou porque “aquilo é daquele jeito”; só precisamos saber que existe. E eu sei acentuar as palavras, mas não sei os motivos da acentuação de todas elas. E pra mim, às vezes, o que basta é isso, você saber que é preciso ser feito, sem ter uma explicação técnica.
Quando se trata de certos assuntos, as explicações tiram a magia das coisas. A magia do mistério, a magia da sensibilidade. É difícil de imaginar que a acentuação tenha algum tipo de magia, mas podemos tentar enxergar que o til, muitas vezes está em cima de um “a” para não deixar que a cedilha logo abaixo do “c”, sinta-se completamente estranha por estar fora da palavra. Ou, porque às vezes o acento agudo acompanha uma vogal, por querer mostrar pra ela o quanto ela pode gritar se quiser. Ou quando o acento circunflexo acompanha uma vogal, para dizer a ela que está na hora de falar baixo. Talvez o acento agudo seja o espontâneo e sem educação e o acento circunflexo seja o sofisticado em seu terno chic. Mas isso é apenas invenção da minha cabeça, ninguém pode colocar isso numa prova de português, porque é aí que está a grande questão: não existem provas para a imaginação, pois não existem regras para ela. 

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