quarta-feira, 24 de agosto de 2016

Rainha de mim mesma

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Quando tinha 8 disse pra minha mãe que iria embora
E iria pra longe 
8 com alma de 60.
60 com corpo de 8.
Quem iria imaginar?
Mas eu nasci desse jeito estranho...
Pedra.
Manteiga.
Camaleoa.

Coloquei minha mochila nas costas 
Naquela tarde ensolarada dos meus 17
E saí apressada.
Minha mãe me abraçou, mas não disse nada 
Eu chorei naquela noite, e nunca disse nada.
Agora estava solta no mundo 
Quem eu era? 
O que faria? 
Tudo isso era sobre descobertas. 
E até hoje me pergunto sobre essas e outras coisas...
Minha vida é um eterno questionamento.

E talvez eu esteja apenas cansada demais e tenha chegado ao ponto dos grandes delírios
Mas ninguém sabe da turbulência que habita em mim.
Sou movida à cafeína e uma esperança incorrigível no Grande Talvez. 
E estou fazendo brownie à meia-noite de hoje.
Está ventando tão forte lá fora, aquele vento forte depois de um dia quente... 
Me sinto numa noite de verão da minha infância, quando minha mãe passava repelente em mim porque eu queria brincar de pique no mato.
Agora sou uma adulta fazendo brownie à meia-noite numa casa vazia, com música alta.
Do que posso reclamar? 
Parte dos meus sonhos mais selvagens de infância se tornaram realidade, e eu tenho apenas 22. 
Eu vivo aquilo que sempre quis viver, não há motivo para reclamar. 

"Comendo e dançando à meia-noite" 
Pode ser um pouco solitário às vezes
Mas é bom, é muito bom
Viver do meu jeito.
Sou beija-flor...
E se estou hoje fazendo brownie à meia-noite, é porque meus sonhos mais loucos se tornaram realidade.


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