quinta-feira, 7 de janeiro de 2016

Cemitério de todas as coisas




Comigo, querido 
Te levaria até os confins da Terra 
No cemitério de todas as coisas belas que existiram um dia 
Naquelas memórias que viviam apenas em nossas mentes 
E se perderam, se foram.
Pois como tudo nesse universo
Nossa história é apenas outra história
Dentro de tantas outras perdidas
E mão resta nenhum pedaço da gente.

Sobrou você em mim
Em meus olhos e em minhas pernas trêmulas,
Em meus pedaços espalhados pelo mundo, 
E em meus tolos poemas.
Pois comigo, querido
Você disse que iria até o infinito.

Estrelas traduzem apenas amor
Estrelas que nos seguem aqui e lá 
Brilham acima de nós 
Iluminam nosso cemitério de todas as coisas 
De tudo aquilo que fomos um dia 
De tudo aquilo que vivemos 
De todo amor que é possível caber
Nos confins dessa nossa Terra.

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