quarta-feira, 17 de maio de 2017

Nó e gravidade

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E então... Aqui estou eu novamente 
Com esse mesmo nó na garganta 
E esse mesmo buraco na alma... Por mais clichê que pareça.

Não suporto entrar nesse estado... A última vez foi há quase sete anos 
E minha vida parou.
Não sei nem explicar o que estou sentindo 
Só sei que estou com uma dor de cabeça terrível 
E vontade de nunca mais abrir os olhos.

E sim, eu já esperava por isso
E sim, eu já estava preparada pra isso 
Mas mesmo assim, aqui estou eu, jogada no chão 
Parece que de repente a gravidade pesou em mim quatro vezes mais forte que o normal.
E eu não consigo comer, porque o nó na garganta não deixa a comida passar 
Não consigo me concentrar porque estou fora do ar... 
Estou completamente fora do ar
E não adianta deixar recados, pois ficarei fora do ar por bastante tempo. 

Não adianta tentar me fazer rir, pois será apenas uma ação mecânica 
Não há nada de bom saindo desse buraco que costumava ser preenchido 
Com o que... Nem eu lembro mais 
Então os próximos meses serão de ações meramente automáticas 
Cara na janela, corpo no chão, coração nublado. 

E então... Aqui estou eu novamente.

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