Em momentos como esse,
Só o que preciso fazer é
Chorar,
(minhas lamentações que só as paredes podem entender)
Escrever,
(quando eu já chorei o suficiente e restam apenas palavras)
Beber
(quando já não restam nem lágrimas e nem palavras
quando restam apenas lembranças repetindo-se sem parar na minha cabeça, como uma espécie de tortura)
Em momentos como esse
Pensa-se que o dia amanhecerá chuvoso
(mas o mundo não para porque estou magoada)
Não.
Eu ainda tenho que trabalhar,
Comer,
Me vestir,
Lavar a louça,
Fazer café,
Tomar banho,
Passar maquiagem,
Ainda tenho que fingir
Que não estou chorando no último assento do ônibus.
Em momentos como esse,
É difícil admitir
A facilidade com a qual nos tornamos clichê
Desde que começamos, até aqui
E assim seremos até o fim
Onde nós dois chegaremos um dia
(pois o ser humano sempre é mais clichê do que pensa).
Fingir ser forte e estar bem é um ato de bravura diário.
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