Depois de um tempo achando que nada
mais aconteceria
e que eu não iria ter um retorno de
nada do que eu já havia feito,
de repente eu enxerguei melhor e
encontrei a promessa de uma nova vida.
As coisas voaram por todos os lados,
inclusive a minha voz e expressão séria conservada no meu rosto há muito tempo.
Eu comecei a acreditar que o vento
finalmente estava soprando a meu favor.
E pela primeira vez em muito tempo,
eu realmente senti de corpo e alma
algo que quase já não existia mais
entre meus sentimentos: esperança.
De repente, eu me permiti a
acreditar que estava no caminho certo
E eu finalmente entendi que Deus
escreve certo por linhas tortas.
Eu estava sozinha, mas me senti
preenchida.
E de repente, outras pessoas
apareceram e eu percebi que elas estavam tão felizes quanto eu.
Talvez eu encontre amor num lugar
sem esperança, afinal.
Talvez eu seja uma louca racional
Ou talvez meus passos tortos
tenham-me feito tropeçar no buraco certo.
E agora eu me sinto feliz,
Como Cecília Meireles e sua janela
mágica, e Tom Jobim com as suas "Águas de Março".
Pois a intensidade da felicidade que eu sinto, só eu consigo ver.
A felicidade que eu sinto não é
necessária entender.
A felicidade que eu sinto é um vento
refrescante de esperança diante de um ar abafado desestimulante.
E esse vento é a única coisa da qual
eu preciso.
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