Uma viagem... Só é
uma verdadeira viagem quando se abre os braços e torna-se disponível para
receber o que vier. Sendo bom, ou ruim, no fundo são apenas coisas que fazem
parte da vida. E a vida faz parte de nós.
Todas as pessoas
deveriam fazer pelo menos uma grande mudança pelo menos uma vez na vida, só
assim pode-se saber se realmente estava satisfeito com o que tinha antes ou
não. Porém, se alguém faz uma mudança grande, é porque estava no mínimo
indiferente com o que tinha antes. E aí está a grande pergunta: É melhor
satisfação ou euforia?
A satisfação é uma
coisa rotineira, acostumada com tudo, presa e fazendo previsões repetidas de
todos os dias, um disco arranhado. É como se você estivesse bem, mas esse
"estar bem" não é o suficiente, falta alguma coisa. A euforia é um
rosto surpreso, é a expectativa de um novo amor, é não ter ideia do que está
fazendo, mas fazer mesmo assim porque existe a esperança para nos fazer
acreditar que acontecerá o melhor com o melhor que nós fizermos. A euforia é a
alegria incontida, é a risada mais brilhante do mundo, é se molhar por causa da
chuva e se secar por causa do sol. É puro brilho.
Uma viagem... Trás
lembranças à tona, coisas das quais você nem sabia que ainda lembrava, pensamentos
que você nem sabia que tinha. E então, de repente você descobre que suas raízes
são móveis, assim como um avião, assim como um carro, assim como a vida. Uma
viagem faz você questionar tudo o que você tinha antes e se perguntar se aquilo
tudo era realmente necessário. E se você estiver fazendo uma viagem que tenha
data de volta, talvez você descubra que não tem pelo o quê voltar. Afinal, a
vida não volta, apenas segue. Não podemos pausá-la, adiantá-la ou retrocedê-la,
apenas acompanhá-la, sabendo que um dia ela parará por algum motivo que não
está ao nosso alcance. Mas temos motivos de sobra para acompanhá-la e seguir
com ela para onde quer que ela nos leve. E se tiver a trilha sonora certa
então... Fica melhor ainda.
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