Você se permite
sentir? Sentir inteiramente, se entregar à emoção do momento, sem preocupações?
Não existe metade de um sentimento, ele simplesmente existe ou não. É
maravilhoso quando se é capaz de apreciar algo por completo, sem amarras, sem
poréns, sem regras estúpidas, sem a preocupação com o que os outros vão falar
ou pensar. Foda-se o que os outros vão pensar e falar. Enquanto eles estão
falando ou pensando, você está vivendo, aproveitando. Todos nós somos guiados
por regras impostas por pessoas que nós nem sabemos quem são. Isso acontece
todos os dias, e deixamos isso controlar nossas vidas de uma maneira
desproporcional. Por quê? Será que alguém faz alguma coisa só por sua própria
vontade, só por um sentimento que quer colocar em prática? Poucas. E o pior, é
que pensamos que fazer algo simplesmente por nossa vontade é só. E não é, é
tudo.
Se você ama alguém,
apenas ame-o e faça isso à maneira de vocês. Se você realmente quer fazer algo,
seja ela simples ou complicada, arrume meios de fazer sem ligar para o que os
outros vão pensar. Junte dinheiro, mande todos pro inferno, faça uma grande mudança.
Mas saiba que nada vai acontecer se você não fizer nada. E só vai acontecer por
sua vontade. Se você tem um grande sonho, que desperta as suas virtudes e
defeitos mais profundos, mas que mesmo assim você não consiga deixar de lado,
faça o impossível pra conseguir, porque quando se tem um sonho forte assim, só
se fica com a alma satisfeita quando se chega lá. Do contrário, você será
sempre uma pessoa esburacada. E isso não é só.
Se você tem raiva,
descarregue, xingue alguém, dê socos na parede, chore e esperneie, coloque pra
fora esse tipo de sentimento, antes que ele coloque você pra fora. Se você está
triste, chore, escreva um poema triste, desabafe com alguém ou com o seu bicho
de pelúcia. Apenas faça. Chorar pra dentro é muito pior, dói a garganta e essa
dor pode durar pra sempre. Mas se for pra descarregar sentimentos negativos, se
tranque no quarto e faça isso do seu jeito, no seu tempo. A última coisa de que
se precisa quando está triste ou com raiva é de pessoas julgando, e quando
estamos assim é o que mais aparece.
Se você está feliz,
sorria, faça coisas divertidas, diga coisas legais e engraçadas, brinque,
dance, viaje, gargalhe, faça sexo, conte piadas, ajude alguém, abrace, beije e tire fotos
patéticas. Festeje a sua felicidade e a sua capacidade de apreciá-la. Sinta.
Sinta tudo e um pouco mais. Sinta liberdade, sinta revolta, sinta desejo de
mudança, sinta-se abençoado, sinta calma e agitação, sinta excitação. Sinta
tudo, não deixe ninguém te podar, porque você não é uma árvore para ser podada.
Mas se for para podar-se, que seja você a única pessoa a fazer isso.
Faça caretas em
frente ao espelho, faça coisas que irão te fazer lembrar desses momentos para
sempre, diga coisas idiotas, mude de opinião e de sentimentos. Somos todos
camaleões e temos todo o direito de nos divertir, aprender e viver! Seja com 18
ou 60 anos.
E, se mesmo depois
de ler tudo isso, você não estiver convencido, ouça "One Good Man" da
Janis Joplin. Essa música é capaz de despertar uma pessoa.
Talvez esta tenha
sido uma mulher que pecou por excesso, mas pelo menos nunca teve que abrir mão
do que queria por causa de coisas ou pessoas. O problema dela foi não saber
onde termina "viver intensamente" e onde começa "autopreservação".
Porque sim, há uma grande diferença. E é pra isso que o livre-arbítrio existe,
para que de certa forma, possamos escolher o que queremos sentir, porque cada
escolha resulta num sentimento. E eu escolho sentir e não só isso.
Nenhum comentário:
Postar um comentário