O som daquela flauta me dava esperança
Esperança de que um dia as coisas finalmente pudessem se encaixar
No fundo, eu só queria que todas as lágrimas pudessem secar
Queria ser quem eu era por dentro, mesmo sem saber ao certo quem eu
era
Eu queria ser amada, não queria mais que houvesse sofrimento.
Aquela flauta era o meu alento
Ela me trazia paz, me privava de alguns aborrecimentos
Aquela flauta era a minha válvula de escape
Escape de uma vida onde nada era o que parecia
Uma vida feita de desgastes.
Mas, em um minuto, aquela flauta se foi
Assim como a minha infância.
Talvez ela nunca tenha estado realmente aqui
Talvez eu a desejasse tanto, que ela quase parecia real.
Talvez a flauta fosse algo que não me deixava perceber isso
Ela me dava a bênção da ignorância.
Porém, seu som se foi...
Assim como a minha infância...
O tempo levou a minha flauta
junto com as minhas risadas de criança.
E desde o dia que ela se foi,
nunca mais tive a mesma esperança...
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