Os anos são muito grandes, com muitos números, fatos e rotina, muita rotina. Tanta rotina que às vezes eu penso que virei um robô ou que estou presa num CD arranhado. Eu odeio rotina, mas é assim que pessoas não milionárias vivem, infelizmente. O importante é nunca perder a chance de fazer o diferencial quando possível, porque é isso que nos torna espontâneos. Pode ser todo dia, ou de tempos em tempos; pode ser uma coisa grande bem pequenininha, o que importa é fazer em algum momento.
Nesses
365 dias nos quais vivemos, verdade seja dita: Não acontece quase nada. Temos
um grande acontecimento em janeiro, depois outro em maio, quem sabe... Talvez
tenhamos outro em setembro e quem sabe você tenha um Ano Novo incrível... Mas a
verdade é que "Ano Novo incrível" é mais uma coisa de cinema do que
de realidade.
Na
maior parte dos dias não acontece nada, mas um dia, acontece. E é sempre esse
dia que ofusca todos os outros. Um dia é capaz de mudar a rotina, é capaz de
mudar as pessoas, é capaz de mudar uma vida. Dias como esses são feitos para
serem fotografados, porque marcam grandes inícios ou grandes finais, mas os
dias comuns são feitos para serem anotados, já que são neles em que construímos
as coisas duradouras. Eu odeio rotina, mas a verdade é que os dias comuns são
as construções, o desenvolvimento, a trajetória, o desenrolar da história,
caminhando para outro grande dia, que é o desfecho. Por isso eu estou meio que
me convencendo de que seríamos grandes vazios sem esses dias comuns. Assim como
certos biscoitos não são nada sem seus recheios.
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