Eu estou no décimo andar
do caminho para os meus sonhos.
Eu nasci no 10
e agora é nele em que eu faço os meus planos.
O dia não acaba enquanto eu não durmo e tenho meus sonhos
estranhos.
A noite não começa enquanto eu não abro a janela pra ela entrar.
O vento da noite sopra forte nas minhas lembranças idiotas e
importantes.
Ele quer expulsá-las, quebrá-las, eliminá-las.
Mas os meus pensamentos são como um peso de papel que não as deixa
sair do lugar.
Eu estou sempre indo pra lá e pra cá
mas elas nunca ousam me deixar.
Eu piso em tapetes
enquanto tomo sorvete e sinto sede de novidades.
Eu sou uma contradição
vivo no passado e no futuro
mas nunca no presente.
Talvez essa seja a minha maldição.
Não importa de que maneira eu fale
Ou em que língua eu grave
A minha vida sempre será uma grande viagem
Sem nunca chegar na última parada.
Eu serei sempre a amante da liberdade
E talvez um dia eu me case com as possibilidades.
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