Não, ninguém vai parar esse trem.
Há mais de duas décadas ele corre na mais alta velocidade, desgovernado.
Vai de acordo com a direção do vento:
Sendo um elemento da natureza, jamais a contraria.
E essa é sua natureza
É correr e descobrir e redescobrir
O que todos pensavam que não existia
Ou que havia acabado.
Esse trem vai, vai, vai...
Tem gente que embarca no caminho e vai embora depois
Às vezes ele corre pelas noites sozinho até encontrar alguém novamente
Às vezes ele finge que não viu ninguém, porque não quer parar
Esse trem está mudando constantemente
Me lembra a vida
Essa vida que não podemos controlar
Assim como não controlamos um arrepio na nuca durante um solo de guitarra
Ou um beijo.
Não, não dá pra controlar a natureza
Não há início nem fim
Há apenas o que há
E tantas outras coisas desconhecidas
Como essa série de desventuras
Chamada vida.
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