A morte da perda é uma coisa infernal
Quando morre até mesmo a saudade daquilo que você perdeu, não existe mais nada
Tudo aquilo desaparece, é como se nunca tivesse existido
Todos nós estamos condenados ao esquecimento
Vivemos esperando pela permissão de um dia finalmente conseguirmos voltar para o nosso lugar de origem:
O grande buraco do inexistente.
Eu não existia antes, você não existia depois
Existimos agora, somente agora
Não existimos ontem e não existiremos amanhã
Somos todos insignificantes
Tão fracos que somos capazes apenas de existir por um momento
E no momento seguinte é como se nada tivesse tido nem mesmo a vontade de nascer
A morte da perda é uma coisa infernal
O vazio do esquecimento é uma coisa cruel, proporcional à grandeza de todas as coisas vividas que por um momento causaram sensações intensas, ao ponto de movimentar a alma
O esquecimento é cruel
A morte da perda é infernal
O vazio é tão surreal, que chega a ser sobrenatural.
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